Economia

Entregadores de aplicativos enfrentam acidentes e insegurança alimentar, revela pesquisa

Pesquisa da ONG Ação da Cidadania revela que 41,3% dos entregadores sofreram acidentes. Insegurança alimentar afeta 32% dos trabalhadores, evidenciando precariedade. Entregadores pedem taxa mínima de R$ 10 por entrega e melhorias nas condições. Quase 60% trabalham mais de nove horas diárias, sem folgas, para renda baixa. Apenas 27,8% contribuem para a previdência, gerando riscos futuros para os trabalhadores.

Protesto de entregadores em Botafogo (Foto: Reprodução/TV Globo)

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Uma pesquisa da ONG Ação da Cidadania revela que 41,3% dos entregadores de aplicativos de comida já sofreram acidentes durante o trabalho, enquanto 32% enfrentam insegurança alimentar. O relatório, intitulado “Entregas da Fome”, analisou as condições socioeconômicas desses trabalhadores em São Paulo e Rio de Janeiro, com entrevistas a 1,7 mil entregadores. Os dados evidenciam jornadas exaustivas e a precariedade da profissão.

Rodrigo Kiko Afonso, diretor-executivo da ONG, destaca que a pesquisa busca desmistificar a realidade desses trabalhadores. Ele afirma que é necessário pautar o debate sobre a regulação do setor com base em dados concretos, visando melhorias nas condições de trabalho. A divulgação da pesquisa coincide com uma paralisação nacional de entregadores que reivindicam direitos, como uma taxa mínima de R$ 10 por entrega e aumento no valor do quilômetro rodado.

O estudo mostra que quase 60% dos entregadores trabalham todos os dias da semana, com jornadas superiores a nove horas diárias, recebendo uma renda familiar baixa, entre dois e cinco salários mínimos. Além disso, apenas 27,8% contribuem para a previdência social, o que gera preocupações sobre a falta de proteção futura. A maioria dos entrevistados relata ter uma alimentação adequada, mas um terço enfrenta insegurança alimentar em diferentes níveis.

A pesquisa também revela que 91,5% dos entregadores consideram essa atividade sua ocupação principal, e 56,7% não têm folgas. Afonso ressalta que a carga de trabalho intensa compromete o futuro desses profissionais, que não têm acesso a benefícios como aposentadoria e plano de saúde, enquanto as empresas lucram significativamente com esse modelo de trabalho.

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