Economia

Milei reduz desvalorização do peso argentino para 1% ao mês em nova política cambial

O Banco Central da Argentina reduzirá a desvalorização do peso para 1% ao mês. A inflação anual caiu para 117,8%, permitindo a mudança na política cambial. A medida é a primeira alteração sob o presidente Javier Milei em mais de um ano. Milei busca uma taxa de câmbio flexível após eliminar os controles cambiais. A popularidade do presidente se mantém alta, mas mudanças podem impactar a inflação.

O presidente da Argentina, Javier Milei (Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo)

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O Banco Central da Argentina anunciou que a partir de fevereiro reduzirá o ritmo da desvalorização controlada do peso argentino de 2% para 1% ao mês. Essa decisão foi motivada pela divulgação de dados que indicam uma estabilização da inflação, que se manteve abaixo de 3% mensais. Essa é a primeira alteração na política cambial do presidente Javier Milei, conhecida como "crawling peg" (desvalorização gradual), em mais de um ano.

Os preços ao consumidor apresentaram um aumento de 2,7% em dezembro em relação a novembro, marcando o terceiro mês consecutivo abaixo de 3%. A inflação anual desacelerou para 117,8%, uma queda significativa em relação ao pico de quase 300% do ano anterior. O Banco Central afirmou que o ajuste na taxa de câmbio continua a ser um complemento importante para as expectativas de inflação.

A popularidade de Milei permanece alta, especialmente com as eleições legislativas se aproximando em outubro. Ele conseguiu reduzir a inflação anual enquanto mantinha a taxa de câmbio relativamente estável, o que gerou otimismo entre os argentinos. No entanto, qualquer mudança na política cambial pode aumentar a inflação e afetar a posição de seu partido entre os eleitores.

Apesar da redução na desvalorização, Milei planeja avançar para uma "taxa de câmbio flexível" após a eliminação dos controles cambiais. A última tentativa de deixar a moeda flutuar, em 2015, resultou em inflação elevada e na perda da reeleição pelo ex-presidente Mauricio Macri. A equipe de Milei considera a introdução de uma taxa de câmbio gerida, permitindo que o peso flutue dentro de parâmetros ainda não definidos.

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