Economia

Inflação na Argentina se mantém em queda, preparando terreno para mudança cambial

A inflação mensal na Argentina foi de 2,7% em dezembro, abaixo de 3% por três meses. A inflação anual desacelerou para 117,8%, um avanço significativo desde quase 300%. Javier Milei considera mudanças na política cambial, incluindo uma taxa de câmbio flexível. O governo controla a desvalorização do peso, mantendo o "crawling peg" em 2% ao mês. Mudanças na política cambial podem impactar a popularidade de Milei nas eleições.

Um trabalhador de entregas da Pedidos Ya exibe os pesos argentinos ganhos durante a entrega de comida em Buenos Aires, Argentina, na segunda-feira, 16 de dezembro de 2024. (Foto: Tomas Cuesta/Bloomberg)

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A inflação mensal da Argentina registrou um aumento de 2,7% em dezembro em relação a novembro, mantendo-se próxima ao menor nível em quatro anos. Este resultado marca o terceiro mês consecutivo com alta abaixo de 3%, alinhando-se às expectativas de economistas consultados pela Bloomberg. Apesar da desaceleração, a inflação anual permanece elevada, atingindo 117,8%, conforme dados do governo divulgados nesta terça-feira.

A popularidade do presidente Javier Milei continua alta, especialmente com as eleições de meio de mandato se aproximando. Ele conseguiu reduzir a inflação anual de quase 300%, enquanto a taxa de câmbio se manteve relativamente estável. No entanto, qualquer alteração na política cambial pode elevar a inflação e impactar a posição de seu partido entre os eleitores. O governo controla a desvalorização do peso, mantendo a chamada "crawling peg" em 2% ao mês desde que Milei assumiu o cargo.

Economistas alertam que a atual política cambial pode estar supervalorizando o peso, o que, em administrações anteriores, resultou em desvalorizações abruptas e instabilidade política. Desde novembro, a equipe de Milei prometeu reduzir a "crawling peg" para 1% ao mês se a inflação se mantiver constante até o final de 2024. Um porta-voz do Banco de La Nación não comentou sobre possíveis mudanças na política cambial.

Milei também se comprometeu a implementar uma "taxa de câmbio flexível" assim que os controles cambiais forem suspensos. A última vez que um governo argentino permitiu que a moeda flutuasse foi em 2015, resultando em inflação descontrolada e dificuldades para o ex-presidente Mauricio Macri. A equipe de Milei está considerando a introdução de um "câmbio flutuante sujo", permitindo que o peso flutue dentro de parâmetros rigorosos ainda não definidos.

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