15 de jan 2025
Inflação global deve permanecer elevada até 2028, aponta pesquisa com economistas
Economistas preveem inflação global alta até 2028, com média de 3,5%. Expectativas de inflação superam metas de bancos centrais, dificultando cortes. Dados dos EUA mostram aumento moderado na atividade econômica e preços. Federal Reserve mantém taxa básica em 4,25% a 4,50%, com incertezas. Mercado reage positivamente a dados de inflação, prevendo cortes futuros.
Inflação em todo o mundo deve seguir em patamar alto por mais tempo (Foto: David Paul Morris / Bloomberg)
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Economistas alemães preveem que a inflação global permanecerá elevada até pelo menos 2028, conforme uma pesquisa que pode intensificar as preocupações do mercado sobre pressões inflacionárias persistentes. O estudo, realizado pelo Instituto Ifo da Alemanha e pelo Instituto de Política Econômica Suíça, contou com a participação de quase 1,4 mil especialistas de 125 países e revelou uma taxa média de inflação de 3,5% nos próximos três anos, ligeiramente abaixo dos 3,9% projetados para 2025. Niklas Potrafke, diretor do Centro Ifo, destacou que "as expectativas de inflação permanecem acima das metas de muitos bancos centrais", o que torna improváveis grandes cortes nas taxas de juros.
Os dados recentes dos Estados Unidos e da zona do euro reforçam a ideia de que o crescimento dos preços ao consumidor pode ser mais resistente do que o esperado, levando a uma reavaliação das expectativas de cortes nas taxas de juros, especialmente para o Federal Reserve (Fed). A pesquisa indicou um aumento nas expectativas de preços, especialmente na América do Norte, onde a inflação média projetada para 2025 é de 2,6%, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação à pesquisa anterior. Para 2026 e 2028, as taxas esperadas são de 2,8% e 2,9%, respectivamente.
No Brasil, o Boletim Focus revelou uma leve piora nas expectativas de inflação, com o IPCA projetado em 5% para 2024, superando o teto da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2025, a expectativa subiu de 4,03% para 4,05%, enquanto para 2027 e 2028, as projeções são de 3,9% e 3,56%, todos acima do centro da meta de 3,5%. Essas previsões refletem um cenário de inflação persistente, que preocupa tanto economistas quanto investidores.
O Federal Reserve dos EUA também divulgou um relatório sobre a atividade econômica, indicando um crescimento leve a moderado no final de novembro e dezembro. O emprego aumentou, mas as preocupações com o impacto das políticas do presidente eleito Donald Trump persistem. O relatório, conhecido como Livro Bege, revelou que os preços ao consumidor subiram 2,9% nos últimos doze meses, o maior aumento desde julho. Apesar de um mercado de trabalho forte, as incertezas sobre as políticas futuras mantêm os formuladores de política monetária em estado de alerta.
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