17 de jan 2025
China atinge meta de crescimento de 5% em 2024, mas desafios econômicos persistem
A economia da China cresceu 5% em 2024, superando a meta do governo e expectativas. O PIB do quarto trimestre teve alta de 5,4%, impulsionado por estímulos e exportações. Apesar do crescimento, a crise imobiliária e a deflação levantam preocupações. A produção industrial subiu 6,2% em dezembro, enquanto as vendas no varejo aumentaram 3,7%. Aumento das tarifas comerciais dos EUA pode impactar negativamente o crescimento futuro.
Logo do FMI, em Washington, EUA (Foto: REUTERS/Yuri Gripas)
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A economia da China registrou um crescimento de 5% em 2024, conforme anunciado pelo Escritório Nacional de Estatísticas. Este resultado superou a expectativa de analistas, que previam um crescimento de 4,9%. No quarto trimestre, o PIB cresceu 5,4% em relação ao ano anterior, um desempenho melhor do que o esperado, impulsionado por um pacote de estímulos implementado pelo governo.
O crescimento foi sustentado por uma combinação de medidas fiscais e monetárias, incluindo um pacote de 10 trilhões de yuan (aproximadamente US$ 1,4 trilhões) para ajudar os governos locais. Apesar do crescimento, a economia enfrenta desafios, como a queda de 10,6% nos investimentos imobiliários e uma taxa de desemprego urbana que subiu para 5,1% em dezembro. A demanda interna continua a ser um ponto fraco, com o governo enfatizando a necessidade de políticas mais eficazes para estimular o consumo.
Os dados de dezembro mostraram que a produção industrial cresceu 6,2%, superando as expectativas, enquanto as vendas no varejo aumentaram 3,7%. No entanto, os preços das casas caíram 5,7% em relação ao ano anterior, refletindo a crise no setor imobiliário. O governo chinês está sob pressão para implementar medidas que possam reverter essa tendência e estimular a economia, especialmente com a iminente posse de Donald Trump, que promete aumentar tarifas sobre produtos chineses.
Analistas alertam que, embora o crescimento tenha superado as expectativas, a sustentabilidade desse avanço é incerta. A expectativa é que a economia desacelere para 4,5% em 2025, caso as tarifas sejam implementadas. A necessidade de um impulso fiscal mais robusto é vista como crucial para garantir a estabilidade econômica em um cenário de incertezas internas e externas.
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