Economia

China mantém taxas de juros inalteradas enquanto enfrenta pressão do yuan em queda

O Banco Popular da China (PBoC) manteve as taxas de juros em 3,1% e 3,6%. O iuan perdeu mais de 3% desde a vitória de Donald Trump nas eleições. A expectativa é que o iuan chegue a 8,5 por dólar até o final do ano. A PBoC prioriza a estabilidade cambial em vez de cortes nas taxas de juros. A economia chinesa enfrenta desafios como a crise imobiliária e baixa demanda.

"Edifício do Banco Popular da China (PBOC) em Pequim. (Foto: Bloomberg)"

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O banco central da China, o PBoC, decidiu manter as taxas de juros de referência inalteradas nesta segunda-feira, 20 de janeiro de 2024. A taxa de empréstimo primário (LPR) de um ano permanece em 3,1%, enquanto a taxa de cinco anos se mantém em 3,6%. Essa decisão marca o terceiro mês consecutivo sem alterações, após um alívio na política monetária em outubro, visando estimular a demanda interna. A estabilidade das taxas ocorre em um contexto de incertezas econômicas, especialmente com a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

A depreciação do yuan tem gerado preocupações sobre a competitividade das exportações chinesas e a capacidade do governo em impulsionar o crescimento econômico. Desde a vitória de Trump nas eleições, o yuan offshore perdeu mais de 3% de seu valor, enquanto o yuan onshore se aproxima de uma mínima de 16 meses. Economistas alertam que a fraqueza da moeda pode dificultar os esforços de estímulo, especialmente em um cenário de demanda interna fraca e crise no setor imobiliário.

O PBoC tem enfatizado a necessidade de estabilidade cambial, com o governador Pan Gongsheng afirmando que a instituição evitará uma queda acentuada do yuan, que poderia gerar volatilidade excessiva. Apesar das pressões para cortes nas taxas de juros, a prioridade atual parece ser a manutenção da estabilidade da moeda, o que limita a capacidade do banco central de adotar uma postura mais agressiva de afrouxamento monetário.

Analistas projetam que, se as tarifas prometidas por Trump forem implementadas, o yuan pode se desvalorizar ainda mais, com estimativas indicando que a moeda pode chegar a 8,5 por dólar até o final do ano. Embora o PBoC tenha sinalizado uma política monetária "moderadamente frouxa", a realidade econômica e as pressões externas podem restringir a eficácia dessas medidas, levando a uma vigilância contínua sobre a moeda e a necessidade de intervenções no mercado.

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