Economia

Argentina se prepara para reclassificação do MSCI, mas processo pode ser demorado

O governo argentino discute a suspensão dos controles de capital, visando recuperação. Bank of America prevê suspensão em 2025 e reclassificação para emergente em 2026. A reclassificação depende de acordo com o FMI e estabilidade institucional. O processo anterior de reclassificação levou 2 anos e meio, segundo o BofA. Ações argentinas subiram quase 200% em 2023, mas a classificação depende de acessibilidade.

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O governo da Argentina anunciou planos para suspender os controles de capital em 2024, o que pode impulsionar a recuperação dos mercados. Essa mudança é esperada tanto pelas perspectivas macroeconômicas quanto pela possibilidade de reclassificação do país para Mercados Emergentes (EM) pelo MSCI, o que poderia atrair mais investimentos. Contudo, analistas alertam que a transição de um mercado de fronteira (FM) para emergente pode ser demorada, com o Bank of America destacando incertezas sobre o timing dessa reclassificação.

Historicamente, a reclassificação para emergentes foi um processo lento, levando cerca de dois anos e meio após a suspensão dos controles de capital. Atualmente, o índice MSCI Argentina opera como um índice autônomo para mercados de fronteira, que são considerados mais arriscados. Apesar de um aumento de quase 200% nas ações argentinas no ano passado, a classificação do país depende de critérios de acessibilidade e não apenas do desempenho do mercado.

Para alcançar o status de emergente, a Argentina deve primeiro suspender os controles de capital, além de resolver questões relacionadas à infraestrutura de mercado e à estabilidade institucional. Se a suspensão ocorrer com sucesso no segundo semestre de 2025, o MSCI poderá abrir uma consulta para avaliar a reclassificação, com um possível anúncio em junho de 2026. No entanto, o Bank of America considera esse prazo otimista, dado que processos anteriores foram mais longos.

O acordo com o FMI é visto como crucial para a suspensão dos controles de capital. O economista do Bank of America, Sebastian Rondeau, prevê que um novo acordo com o FMI seja alcançado até abril de 2025, fundamental para os pagamentos da dívida cambial. Ele acredita que o governo de Javier Milei está comprometido com a consolidação fiscal e uma transição gradual para um regime de taxa de câmbio flexível, com a suspensão dos controles de capital podendo ser acelerada após as eleições de meio de mandato em outubro de 2025. O Bank of America mantém uma visão positiva sobre as ações argentinas, destacando fatores como desinflação e um potencial acordo com o FMI.

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