30 de jan 2025
América Latina busca acelerar o crescimento econômico com foco em equidade e sustentabilidade
O Fórum Econômico Internacional América Latina e Caribe ocorre em Cidade do Panamá, reunindo 1.500 participantes para discutir crescimento econômico. O PIB da região deve crescer apenas 2,5% em 2024, abaixo da média global, exigindo ações urgentes. Questões como transição energética e mudanças climáticas foram criticadas, com perdas econômicas de $ 7 bilhões em 2023. A falta de investimento privado e a necessidade de integração regional foram destacadas como desafios cruciais. O evento busca soluções para a crise, com ênfase na colaboração entre setores público e privado.
Pepa Bueno, Felipe Larraín, Verónica Frisancho, José Manuel Salazar-Xirinachs e Carlos Felipe Jaramillo durante o painel de especialistas Perspectivas econômicas da América Latina e do Caribe em 2025, no Panamá. (Foto: Mónica González Islas)
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O Fórum Econômico Internacional América Latina e Caribe, realizado em Cidade do Panamá, reuniu cerca de 1.500 participantes para discutir o crescimento econômico da região, que deve atingir 2,5% em 2024, abaixo da média global. O evento, promovido pela CAF, Grupo PRISA e World in Progress, abordou desafios como a transição energética, a cohesão social e a luta contra o crime organizado. O presidente da CAF, Sergio Díaz-Granados, destacou que a região possui recursos para crescer, mas enfrenta a falta de investimento privado.
Durante o fórum, líderes regionais debateram como retomar o crescimento, considerando a América Latina um "laboratório para a economia global". A diretora de EL PAÍS, Pepa Bueno, enfatizou a necessidade de um consenso sobre a realidade, enquanto o presidente do Paraguai, Santiago Peña, ressaltou que o desenvolvimento não é uma questão ideológica, mas sim uma responsabilidade compartilhada entre Estados e empresas. A secretária geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Rebeca Grynspan, apontou a importância de investimentos em infraestrutura, digitalização e capacidades.
O ex-primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, questionou se a América Latina deve seguir o modelo europeu, alertando sobre a burocracia que pode dificultar o progresso. O presidente da CAF também alertou sobre os impactos do mudança climática, que geraram perdas de 7 bilhões de dólares no ano anterior. Ele mencionou que a instituição ampliou sua carteira em 15% entre 2021 e 2024, prevendo um crescimento adicional de 5% neste ano.
O ministro do Ambiente do Panamá, Juan Carlos Navarro, criticou a falta de urgência nas decisões climáticas e destacou a necessidade de parar a destruição do planeta e acelerar a transição para energias renováveis. Em 2024, o Panamá enfrentou perdas de 1 bilhão de dólares devido à seca, mesmo sendo um país que absorve mais carbono do que emite. O debate continuará com a participação de especialistas em mudança climática e governança.
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