Economia

Salários em alta e criação de empregos desaceleram nos EUA, mas Fed deve manter juros estáveis

O relatório de empregos de janeiro revelou a criação de 143 mil postos de trabalho. A taxa de desemprego caiu para 4%, refletindo um mercado ainda aquecido. Salários cresceram 4,1% ao ano, pressionando a inflação acima da meta de 2%. Revisões positivas em meses anteriores indicam um crescimento mais robusto do emprego. Economistas preveem que o Federal Reserve deve manter os juros estáveis em março.

Anúncio de vaga de emprego em Somerville, nos EUA - 01/09/2022 (Foto: REUTERS/Brian Snyder)

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Os dados do payroll divulgados nesta sexta-feira (7) indicam que o mercado de trabalho dos Estados Unidos continua aquecido, embora com sinais de acomodação. Em janeiro, foram criados 143 mil postos de trabalho, abaixo da expectativa de 170 mil. No entanto, houve uma revisão positiva para os meses anteriores, com 100 mil vagas a mais em novembro e dezembro. A taxa de desemprego caiu para 4%, enquanto os salários apresentaram um crescimento anual de 4,1%, o que pode manter o Federal Reserve em modo de espera nas próximas reuniões.

Economistas como André Valério, do Inter, afirmam que os dados refletem uma desaceleração na empregabilidade em setores cíclicos, enquanto os serviços continuam robustos. Valério prevê uma nova pausa do Fed na reunião de março, mas com espaço para dois cortes de juros ao longo do ano. Andressa Durão, do ASA, complementa que o mercado de trabalho deve continuar a crescer, reforçando a postura cautelosa do Fed em relação à taxa de juros, enquanto avalia os riscos à inflação.

O setor de saúde foi o que mais se destacou, com 66 mil novos empregos, seguido pelo varejo e governo, que adicionaram mais de 30 mil cada. Apesar do crescimento, houve perdas em serviços profissionais e de negócios, que perderam 11 mil postos. O aumento salarial médio por hora subiu para US$ 35,87, o que pode impulsionar o consumo, mas também gerar pressão inflacionária.

Analistas como Lucas Farina, da Genial, destacam que a queda na taxa de desemprego pode ser um reflexo da nova política de imigração do governo Trump, que tende a pressionar os salários. Com a taxa de desemprego se afastando da taxa natural de 4,4%, as chances de cortes adicionais de juros pelo Fed diminuem. O cenário atual sugere que a manutenção da taxa de juros elevada pode se prolongar, especialmente com incertezas sobre as políticas econômicas do novo governo.

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