Economia

Sheinbaum mobiliza empresários para reduzir importações chinesas e enfrentar tarifas de Trump

O governo mexicano enfrenta tarifas de 25% sobre importações, proposta por Trump. Mesas de trabalho em Washington visam fortalecer a produção local e reduzir importações. México tem déficit comercial com a China superior a 100 bilhões de dólares anuais. Empresários apoiam aumento da produção interna em setores chave, como automotivo e eletrônico. Nova estratégia logística será necessária após 4 de março, com foco em conteúdo regional.

"Um marinheiro mexicano no porto de Manzanillo, México, em 2022. (Foto: Salwan Georges/Getty Images)"

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A ofensiva do México para evitar os aranceles dos Estados Unidos está em andamento, com o governo mexicano tendo menos de 30 dias para convencer o presidente Donald Trump de que a proposta de uma tarifa de 25% sobre todas as importações mexicanas prejudica ambas as economias. As mesas de trabalho em Washington terão início na próxima semana, enquanto o governo já se mobiliza com empresários para abordar o aumento das importações chinesas na América do Norte, um ponto de preocupação para os EUA.

O México importa anualmente mais de 113 bilhões de dólares da China, enquanto exporta apenas 9 bilhões de dólares, resultando em um déficit superior a 100 bilhões de dólares. Esse desequilíbrio, que se agrava a cada ano, é atribuído à alta produção e preços baixos da China, além da escassez de oferta local. Em resposta à guerra comercial entre os EUA e a China, o México busca reduzir as importações chinesas e fortalecer a produção local e regional.

O plano de substituição de importações, delineado no Plano México, visa aumentar a produção interna para atender 50% da demanda nacional e elevar em 15% a fabricação para o mercado mexicano em setores como automotivo, aeroespacial e farmacêutico. O presidente do Conselho Coordenador Empresarial, Francisco Cervantes, expressou a disposição do setor privado em colaborar com o governo para fortalecer a relação bilateral.

Entretanto, desafios permanecem, como a dificuldade em substituir rapidamente insumos como semicondutores, devido à falta de fornecedores na região do TMEC. O empresário Fernando Turner destacou a complexidade de romper cadeias de suprimento já integradas, enquanto o especialista em comércio internacional Adolfo Laborde alertou sobre a necessidade de uma nova política de industrialização que fortaleça a base exportadora do México, promovendo um nacionalismo econômico que priorize a inovação e o desenvolvimento regional.

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