México propõe igualar tarifas dos EUA sobre China e pede apoio do Canadá

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou que o México propôs igualar as tarifas americanas sobre produtos chineses, solicitando ao Canadá que faça o mesmo. Essa estratégia visa evitar a imposição de tarifas sobre importações dos dois países, que podem ser implementadas em breve. Bessent destacou que a proposta mexicana poderia criar uma "fortaleza na América do Norte" contra as importações chinesas, uma medida que surge em meio a negociações com o governo do presidente Donald Trump.

As autoridades mexicanas estão dispostas a aumentar tarifas sobre produtos chineses e a comprar mais dos Estados Unidos, conforme relatado por fontes próximas ao assunto. O peso mexicano se estabilizou a 20,51 por dólar após os comentários de Bessent. As tarifas propostas pelo México podem focar em automóveis e autopeças, além de produtos acabados, embora o Ministério da Economia do país não tenha comentado sobre o tema.

O Canadá já impôs tarifas sobre veículos elétricos e aço chineses, alinhando-se à política dos EUA. A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joly, afirmou que o país está aberto a conversas sobre comércio, especialmente em relação à China. O governo canadense considera a possibilidade de novas tarifas sobre produtos chineses, que ainda não foram implementadas, mas podem ser usadas como uma carta de negociação.

A proposta do México surge após reuniões com autoridades dos EUA, que incentivaram o país a adotar suas próprias tarifas sobre importações chinesas. Essa iniciativa é parte de um esforço para evitar tarifas de 25% que Trump pretende impor a partir de 4 de março, caso México e Canadá não cooperem mais com os Estados Unidos. O México também tem tomado medidas para restringir importações chinesas, incluindo tarifas de até 35% sobre roupas de países sem acordos de livre comércio, enquanto as negociações sobre segurança e combate ao narcotráfico avançam mais rapidamente do que as discussões comerciais.