Trump pede cortes nas taxas de juros para alinhar com tarifas em nova declaração

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou em uma postagem nas redes sociais que as taxas de juros devem ser reduzidas, afirmando que isso deve ocorrer em conjunto com as tarifas que planeja implementar. A declaração foi feita na manhã de quarta-feira, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmar que a instituição não tem pressa em cortar as taxas, enfatizando que a política monetária deve ser mantida restritiva até que a inflação se aproxime da meta de 2%. Powell destacou que a economia ainda apresenta sinais de força, o que justifica a cautela nas decisões de política monetária.

Durante sua audiência no Congresso, Powell reiterou que o Fed está observando de perto os dados de inflação e que não há necessidade de ajustes imediatos. Ele ressaltou que a inflação, embora tenha mostrado progresso, ainda não está sob controle, e que o aumento recente nos preços ao consumidor reforça a necessidade de manter a política monetária restritiva. A inflação anual subiu para 3% em janeiro, um pouco acima das expectativas, o que pode dificultar cortes nas taxas de juros no curto prazo.

O CEO do Bank of America, Brian Moynihan, também comentou sobre o cenário econômico, afirmando que o forte consumo observado até agora sugere que o Fed deve manter as taxas de juros inalteradas. Ele destacou um aumento de 6% nos gastos dos consumidores em comparação ao mesmo período do ano anterior, o que contribui para a firmeza dos preços. Os analistas do banco preveem que não haverá cortes nas taxas de juros no futuro próximo devido à inflação persistente.

Por fim, Powell abordou a questão da dívida federal, classificando-a como insustentável e alertando que isso pode impactar o mercado de Treasuries. Ele enfatizou a importância da independência do Fed em suas decisões, afirmando que a instituição deve focar em sua missão de estabilidade de preços e pleno emprego, evitando influências políticas. A postura do Fed, segundo Powell, deve ser guiada por dados econômicos, não por pressões externas.