16 de fev 2025
Produtores europeus aceleram exportações de vinho e manteiga para os EUA diante de tarifas iminentes
Exportações de vinhos franceses e manteiga irlandesa para os EUA aumentam. Donald Trump impôs tarifas de 25% sobre aço e alumínio, gerando tensões. Produtos lácteos da UE para os EUA atingem maior volume desde 2010. Setor agrícola europeu teme impactos negativos em meio a incertezas comerciais. Tarifa de 25% pode elevar preços para consumidores americanos, afetando mercado.
"As remessas de vinho para os EUA em novembro, o mês em que Trump foi eleito, foram 18% maiores do que no mesmo período do ano anterior. (Foto: Jeremy Suyker/Bloomberg)"
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As exportações de vinhos franceses e manteiga irlandesa para os Estados Unidos estão aumentando, enquanto a União Europeia se prepara para um possível conflito comercial com o governo de Donald Trump. O presidente americano criticou o bloco por um suposto tratamento injusto, citando o superávit comercial da UE como justificativa para tarifas punitivas. Recentemente, Trump impôs tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio, e a UE prometeu contramedidas.
Apesar da tensão, as remessas de alimentos da UE para os EUA continuam fluindo, com um aumento nas exportações de produtos lácteos. Nos onze meses até novembro, cerca de 236.000 toneladas de produtos lácteos foram enviadas aos EUA, o maior volume desde 2010. As exportações de vinho também cresceram, com um aumento de 18% em novembro em relação ao ano anterior, impulsionado pela antecipação de tarifas.
Analistas destacam a incerteza nas políticas de Trump, que já afetaram o setor vitivinícola europeu, resultando em perdas de 1 bilhão de euros em vendas. O mercado americano é crucial, representando quase um terço da receita do setor fora da UE. A pressão sobre os produtores é evidente, com a necessidade de se adaptar rapidamente a possíveis novas tarifas.
Empresas como a Minuty, fabricante de vinho rosé, estão enviando mais produtos para os EUA antes da possível implementação de impostos. O diretor de estratégia global da empresa, Sebastien Nore, afirmou que um imposto de 25% seria insustentável, mas um de 10% poderia ser absorvido. No entanto, isso resultaria em preços mais altos para os consumidores americanos, que já enfrentam custos elevados para produtos considerados luxuosos.
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