Argentina mira novos desafios em 2025 após celebrar um ano de reformas sob a liderança de Javier Milei

Nos últimos meses, a Argentina tem sido amplamente elogiada por seus avanços econômicos sob a liderança do presidente Javier Milei, que completou um ano no cargo. Em um discurso na Casa Rosada em 10 de dezembro de 2024, Milei expressou otimismo, afirmando que o país pode esperar um “futuro de prosperidade” que muitos consideravam “imaginável”. Com a ascensão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, Milei poderá contar com um aliado forte em Washington, o que levanta questões sobre como isso pode se traduzir em benefícios para a economia argentina.

Desde a sua posse, Milei enfrentou desafios significativos, como a inflação e a corrupção. No entanto, ele implementou cortes orçamentários agressivos e uma campanha de desregulamentação, o que resultou em uma recuperação econômica. A inflação caiu para níveis anteriores à crise de 2023, e a confiança do consumidor e dos investidores aumentou. Milei obteve uma taxa de aprovação de 50%, superando seu antecessor, Mauricio Macri, em diversos setores sociais, o que é notável considerando o rigoroso programa de austeridade que implementou.

Esse ano de 2025 será crucial para a administração de Milei, que busca fortalecer sua posição no Congresso nas eleições de meio de mandato em outubro. O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um crescimento de 5% para 2025, após dois anos de recessão. Contudo, a inflação continua sendo uma preocupação, com estimativas de aumento de preços superiores a 30%. A fragmentação da oposição pode facilitar a aprovação de reformas necessárias, mas a administração deve agir rapidamente para manter a confiança do mercado.

Milei também conquistou avanços na política externa, iniciando o processo de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e firmando um acordo comercial histórico entre o bloco Mercosul e a União Europeia. A relação com os Estados Unidos e a China se mostrou promissora, com a possibilidade de reestruturação da dívida argentina com o FMI. Apesar dos progressos, a administração deve continuar a implementar reformas ousadas e garantir o apoio público para consolidar os ganhos econômicos e enfrentar os desafios que ainda persistem.