Economia

Alemanha enfrenta dilema econômico: tarifas de Trump complicam recuperação e futuro incerto

A economia alemã enfrenta estagnação e contrações, com crescimento de apenas 0,3% em 2025. Donald Trump planeja tarifas de 25% sobre automóveis, afetando exportações alemãs. A dependência de exportações representa 43% do PIB da Alemanha, crucial para o emprego. A transição energética e custos elevados de gás impactam a indústria alemã. Reformas econômicas são urgentes para evitar ascensão da extrema direita nas eleições.

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As eleições na Alemanha se aproximam, a economia estagnada do país e as promessas de recuperação são prioridades para os eleitores. A situação se complica com as iminentes tarifas de importação propostas por Donald Trump, que podem dificultar ainda mais o trabalho do novo governo. Carsten Brzeski, economista sênior do ING, alerta que a ineficácia em impulsionar o crescimento econômico pode beneficiar o partido de extrema-direita AfD nas próximas eleições.

A economia alemã, a terceira maior do mundo, enfrenta um crescimento quase nulo desde a pandemia, com contrações em 2022 e 2023, marcando a primeira vez que isso ocorre em anos. As previsões do Fundo Monetário Internacional indicam um crescimento de apenas 0,3% para este ano. Historicamente, entre 2005 e 2019, a economia prosperou, impulsionada por gás natural barato da Rússia e um ambiente de comércio global favorável, mas a dinâmica mudou drasticamente.

Os exportadores alemães, que representam mais de 43% do PIB, enfrentam novos desafios, especialmente com a desaceleração da economia chinesa e a ascensão de montadoras de veículos elétricos locais. Jacob Kirkegaard, do Peterson Institute, destaca que a Alemanha, dependente do comércio livre, enfrenta dificuldades em um mundo onde esse conceito não é mais predominante. Além disso, a alta dos custos de energia e a falta de investimentos em infraestrutura agravam a situação.

As ameaças de Trump de aumentar tarifas sobre importações, incluindo automóveis e produtos eletrônicos, podem impactar severamente os exportadores alemães, que dependem fortemente do mercado americano, representando 10% de suas exportações. Estima-se que cerca de 1,2 milhão de empregos na Alemanha estão ligados a essas exportações. A resposta da economia alemã às tarifas dependerá dos níveis finais estabelecidos, mas já se prevê um impacto significativo no crescimento, conforme indicado pelo presidente do banco central alemão, Joachim Nagel.

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