Economia

Tarifas dos EUA podem levar Alemanha à recessão, alerta presidente do banco central

Joachim Nagel, presidente do Bundesbank, alerta sobre recessão na Alemanha. Tarifas dos EUA podem agravar a estagnação econômica do país. O governo debate reforma fiscal para aumentar gastos com defesa. Resistência da oposição, especialmente do Partido Verde, complica a situação. Incertezas fiscais podem impactar o superávit comercial da Alemanha.

"O edifício do parlamento alemão, o Reichstag, que é a sede do Bundestag desde 1999. (Foto: Fhm | Moment | Getty Images)"

"O edifício do parlamento alemão, o Reichstag, que é a sede do Bundestag desde 1999. (Foto: Fhm | Moment | Getty Images)"

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O presidente do Bundesbank, Joachim Nagel, alertou que as tarifas dos EUA podem levar a Alemanha, a maior economia da Europa, a uma recessão. Em entrevista ao podcast da BBC, ele destacou que a economia alemã já enfrenta uma fase de estagnação, tendo contraído nos últimos dois anos devido aos efeitos da pandemia de Covid-19 e à crise energética provocada pelas sanções ocidentais à Rússia. Nagel previu que, se as tarifas se concretizarem, a recessão pode ocorrer ainda este ano.

As tarifas impostas pelo governo do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que visam reduzir déficits comerciais, estão abalando os mercados e prejudicando a relação tradicionalmente forte entre a Europa e os EUA. Em resposta, a União Europeia anunciou tarifas retaliatórias que afetarão produtos americanos no valor de 26 bilhões de euros (cerca de 28,26 bilhões de dólares), a partir de abril. Nagel criticou essa política, afirmando que os EUA arcarão com os maiores custos.

Com 43,4% do PIB da Alemanha dependente de exportações, o país é particularmente vulnerável a tarifas que podem impactar seus setores automotivo e de maquinário. Dados do Banco Mundial indicam que o superávit comercial da Alemanha caiu para 16 bilhões de euros em janeiro, em comparação com 20,7 bilhões de euros em dezembro. Nesse contexto, a União Europeia pode considerar aumentar os gastos com defesa, conforme o plano 'ReArm', que pode mobilizar até 800 bilhões de euros.

A proposta de reforma da chamada "fiscalidade da dívida" na Alemanha, liderada por Friedrich Merz, visa permitir gastos mais altos em defesa e foi recebida com resistência do Partido Verde. A sessão do parlamento que debaterá a reforma poderá resultar em um projeto de lei, com uma leitura decisiva marcada para 18 de março. Analistas do Deutsche Bank preveem que a passagem das reformas não será fácil e que um pacote fiscal fragmentado pode ser uma possibilidade, com a aprovação imediata das políticas de defesa e da reforma da dívida.

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