Mercados europeus devem abrir em queda acentuada após ameaça de tarifas de Trump

Os mercados europeus devem abrir em queda acentuada nesta sexta-feira, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterar a ameaça de impor tarifas sobre a União Europeia (UE) e implementar novas taxas sobre o Canadá e o México. O índice FTSE 100 do Reino Unido deve abrir com uma queda de 0,6%, enquanto o DAX da Alemanha deve perder mais de 1% e o CAC 40 da França deve registrar uma queda de aproximadamente 0,8%. Na quinta-feira, os mercados regionais encerraram o dia em baixa, após Trump anunciar que as tarifas de 25% sobre importações da UE seriam divulgadas "muito em breve", afetando "carros e outras coisas".

Trump confirmou que as tarifas de 25% sobre produtos que entram nos EUA vindos do Canadá e do México entrarão em vigor em 4 de março, e que a China também enfrentará tarifas adicionais de 10% a partir dessa data. Após conversas com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, em Washington, Trump sugeriu que o Reino Unido poderia evitar essas tarifas. "Acho que há uma boa chance de que possamos chegar a um acordo comercial real onde as tarifas não seriam necessárias", afirmou o presidente em coletiva de imprensa.

Os investidores também estão atentos aos resultados financeiros de várias empresas europeias que devem ser divulgados na sexta-feira, incluindo Allianz, Sberbank, e o proprietário da British Airways, IAG. Além disso, dados econômicos relevantes serão divulgados, como as vendas no varejo da Alemanha para janeiro, os índices de inflação da França e uma atualização do Índice de Preços de Casas da Nationwide no Reino Unido. A expectativa é que os índices europeus abram em território negativo, refletindo a incerteza gerada pelas ameaças tarifárias de Trump.

Os mercados europeus, portanto, enfrentam um cenário desafiador, com a pressão das tarifas de Trump e a expectativa de resultados corporativos. O FTSE 100 deve abrir em 8.700 pontos, o DAX em 22.632 pontos e o CAC em 8.108 pontos, conforme dados da IG. A situação continua a evoluir, e os investidores permanecem cautelosos diante das incertezas comerciais.