Mercados europeus devem abrir em queda com tarifas de Trump prestes a entrar em vigor

Os mercados europeus devem abrir em baixa nesta terça-feira, com a expectativa de que as tarifas de importação de 25% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos do México e do Canadá, além de tarifas adicionais sobre a China, entrem em vigor ainda hoje. O índice FTSE 100 do Reino Unido deve abrir 42 pontos mais baixo, a 8.833, enquanto o DAX da Alemanha deve cair 155 pontos, atingindo 22.982. O CAC da França deve registrar uma queda de 48 pontos, a 8.165, e o FTSE MIB da Itália deve descer 346 pontos, para 38.789, conforme dados da IG.

A iminência dessas tarifas gerou apreensão entre os investidores, que temem um aumento da inflação nos EUA e uma escalada nas tensões comerciais globais. Na segunda-feira, todos os três principais índices dos EUA fecharam em território negativo após Trump confirmar que as tarifas sobre Canadá e México começariam no dia seguinte, afirmando que não havia mais espaço para negociações. Além disso, ele anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses, levando a China a retaliar com tarifas de até 15% sobre alguns produtos americanos e restrições a 15 empresas dos EUA.

Na segunda-feira, os mercados europeus apresentaram alta, impulsionados por ações do setor de defesa após conversas de segurança entre líderes regionais que abordaram o aumento dos gastos militares. Dados de inflação da zona do euro também alimentaram expectativas de que o Banco Central Europeu cortará as taxas de juros em sua reunião de quinta-feira. A inflação na zona do euro caiu para 2,4% em fevereiro, ligeiramente acima das expectativas dos analistas, enquanto o índice de gerentes de compras mostrou que a contração no setor manufatureiro da região diminuiu para seu nível menos severo em dois anos.

Nesta terça-feira, estão previstas divulgações de resultados de empresas como Continental, Thales e IWG, além da liberação dos mais recentes dados sobre o desemprego na Europa. A expectativa é que os mercados europeus abram em baixa, refletindo as tensões comerciais e as incertezas econômicas globais.