19 de mar 2025
Banco do Japão mantém taxa de juros em 0,5% enquanto avalia impacto de tarifas dos EUA
O Banco do Japão manteve a taxa de juros em 0,5%, após aumento em janeiro. A decisão reflete a análise do impacto das políticas comerciais dos EUA. O aumento salarial médio de 5,46% é o maior em três décadas no Japão. A inflação atingiu 4% em janeiro, complicando a trajetória econômica. O BoJ pode considerar novo aumento de juros em maio, devido a pressões inflacionárias.
Kazuo Ueda, presidente do banco central do Japão (Foto: Akio Kon/Bloomberg)
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O Banco do Japão (BoJ) decidiu manter sua taxa básica de juros em 0,5% durante uma reunião realizada nesta quarta-feira, 19 de abril. Essa decisão ocorre após um aumento anterior, que elevou a taxa ao maior nível em mais de 16 anos. O BoJ está avaliando os impactos das políticas comerciais protecionistas dos Estados Unidos sobre a economia japonesa, que é fortemente dependente das exportações.
A decisão do BoJ se alinha às expectativas do mercado e precede a reunião do Federal Reserve dos EUA, que também deve manter sua taxa de juros inalterada. Em janeiro, o BoJ havia elevado a taxa de juros de 0,25% para 0,5%, após o término de um extenso programa de estímulos. O banco central indicou que está preparado para novos aumentos, caso o crescimento econômico e a inflação se comportem conforme suas projeções.
Recentemente, a maior união trabalhista do Japão anunciou um aumento médio de 5,46% nos salários, o maior em mais de três décadas. Esse aumento reflete uma pressão inflacionária crescente, impulsionada por ganhos salariais e o aumento persistente nos custos de alimentos. Pequenas e médias empresas também relataram um aumento médio de 5,09% nos salários, marcando um crescimento significativo desde 1992.
Em janeiro, o Japão registrou uma inflação de 4%, o nível mais alto em dois anos, e um aumento de 2,7% no consumo das famílias em dezembro, superando as expectativas. No entanto, os dados revisados do PIB mostraram um crescimento anualizado de apenas 2,2% no quarto trimestre, abaixo das previsões dos economistas, complicando o cenário para o BoJ.
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