21 de mar 2025
Coreia do Sul enfrenta desafios para reagir às tarifas de Trump em meio a crise política
Coreia do Sul enfrenta crise política e econômica com designação dos EUA como "país sensível" e iminentes tarifas sobre automóveis.
Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol faz pronunciamento em que decretou lei marcial e jogou o país no caos político (Foto: AP - 3/12/2024)
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A Coreia do Sul enfrenta desafios diplomáticos e econômicos significativos devido a um vácuo de poder que limita sua capacidade de responder às tarifas de importação impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O ministro do Comércio, Indústria e Energia, Ahn Duk-geun, esteve em Washington para discutir a situação após a designação da Coreia do Sul como um "país sensível" pelo Departamento de Energia dos EUA, o que implica em considerações especiais em segurança e não proliferação nuclear. Essa classificação coloca o país ao lado de nações como China, Coreia do Norte e Irã, refletindo preocupações sobre a segurança da informação.
A turbulência política interna, com o presidente Yoon Suk Yeol suspenso devido a um processo de impeachment, agrava a situação. A Coreia do Sul, que depende fortemente de suas exportações, viu suas vendas para os EUA crescerem 11% em 2024, totalizando US$ 127,8 bilhões. No entanto, uma deterioração nas relações com Washington poderia ter consequências devastadoras para a economia sul-coreana, que gera quase 40% do seu PIB por meio de exportações. Durante uma reunião em Seul, representantes do setor expressaram preocupação com a "guerra tarifária" em curso.
Trump criticou as tarifas da Coreia do Sul, afirmando que são quatro vezes maiores que as dos EUA, o que levou Seul a enfatizar que a maioria de suas exportações é isenta de tarifas devido ao acordo de livre comércio. Além das tarifas sobre aço e alumínio, o presidente americano deve anunciar novas tarifas sobre automóveis, a principal exportação sul-coreana. O setor industrial demonstra resignação, considerando difícil escapar das políticas tarifárias de Trump, enquanto a OCDE rebaixou a previsão de crescimento do PIB da Coreia do Sul para 1,5% em 2025, citando barreiras comerciais como um fator.
A indústria de chips, vital para a economia sul-coreana, também enfrenta incertezas. A Samsung e a SK Hynix planejam investir US$ 40 bilhões em fábricas nos EUA, mas a revogação da Lei Chips e Ciência, que oferece subsídios para a produção de chips, gera apreensão. Para mitigar a situação, o governo sul-coreano considera participar de um projeto de gás natural liquefeito no Alasca, que exigiria investimentos significativos, mas enfrenta resistência interna.
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