26 de mar 2025
Cobre pode ser o próximo alvo de tarifas na guerra comercial de Trump
Cobre atinge alta de 15% em 2024, impulsionado por especulações de tarifas dos EUA, afetando indústrias e provocando tensões comerciais.
O presidente americano, Donald Trump (Foto: Chip Somodevilla/Getty Images)
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O mercado global de commodities enfrenta um cenário de alta volatilidade, impulsionado pela guerra comercial iniciada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em março, o preço médio do cobre aumentou 4%, alcançando cerca de US$ 9.700 por tonelada. No acumulado do ano, a valorização do metal é de 15%, com preços variando de US$ 8.685 a US$ 9.982 por tonelada. As tensões comerciais e as tarifas sobre aço e alumínio são fatores centrais nessa alta, com especulações sobre possíveis tarifas sobre o cobre.
O Departamento de Comércio dos EUA iniciou uma investigação em fevereiro para avaliar a possibilidade de restringir as importações de cobre, visando fortalecer a produção interna. Essa estratégia reflete a intenção da administração Trump de reduzir a dependência de importações, o que pode impactar setores como construção civil e indústria automotiva, que dependem fortemente do cobre. Os contratos futuros do cobre para maio de 2025 estão sendo negociados a US$ 5,25 peso-libra, um aumento de 31% desde o início do ano.
As potenciais restrições às importações de cobre e outros metais podem elevar os custos de produção em diversas indústrias nos Estados Unidos, contribuindo para pressões inflacionárias. Isso contrasta com os esforços do Federal Reserve (Fed) para controlar a inflação, que ainda está acima da meta de 2%. Se as tarifas forem implementadas, isso poderá gerar incertezas nos mercados e afetar economias exportadoras de cobre, como Chile e Peru, que dominam a produção global do metal.
Além disso, a medida pode intensificar as tensões comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros, especialmente a China, maior consumidor de cobre do mundo. As tarifas sobre metais podem representar um ponto de inflexão no comércio global, afetando o equilíbrio entre produção, comércio e consumo em setores essenciais da economia. O impacto nas economias globais é incerto, mas as consequências podem ser significativas.
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