Mercado de trabalho na China enfrenta as consequências do ‘choque chinês’

A fábrica de calçados de Zhou Yousheng, localizada na província de Cantão, era um exemplo do auge do boom econômico da China, há dez anos. Com mais de 100 funcionários, a empresa prosperava em um ambiente onde a mão de obra barata era amplamente disponível e as cadeias de suprimento eram altamente concentradas. Esse cenário fez da China uma potência na produção de produtos de baixo valor agregado.

Naquela época, a combinação de custos baixos e eficiência na produção permitiu que muitas fábricas, como a de Zhou, se destacassem no mercado global. O país se tornou um centro de manufatura, atraindo investimentos e empresas de todo o mundo, que buscavam aproveitar as vantagens competitivas oferecidas pela economia chinesa.

Entretanto, a dinâmica do mercado começou a mudar. Com o aumento dos custos de produção e a busca por práticas mais sustentáveis, muitas empresas começaram a reconsiderar suas estratégias de fabricação. A automação e a tecnologia passaram a desempenhar um papel crucial, levando a uma transformação na forma como os produtos eram fabricados e distribuídos.

Atualmente, a indústria de calçados enfrenta novos desafios, incluindo a necessidade de adaptação às demandas do consumidor por produtos mais sustentáveis e éticos. A história da fábrica de Zhou Yousheng ilustra não apenas o crescimento da China como potência industrial, mas também as mudanças que estão moldando o futuro da manufatura global.