02 de abr 2025
Trump anuncia tarifas recíprocas e Brasil se prepara para possíveis impactos econômicos
Donald Trump anunciou tarifas recíprocas, afetando o comércio global. O Brasil, com tarifas médias de importação mais altas, está em risco. Setores vulneráveis incluem aço, etanol e aeronaves, com grande dependência dos EUA. A incerteza econômica pode elevar a inflação e impactar o crescimento. A resposta do Brasil pode incluir retaliações e busca por acordos bilaterais.
Produtos de aço estão entre os mais impactados pelas tarifas impostas pelos EUA de Donald Trump às importações (Foto: Bloomberg/Qilai Shen)
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O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, anunciou a implementação de tarifas recíprocas a partir de hoje, 2 de abril de 2025. Essas tarifas visam países que impõem barreiras comerciais, afetando especialmente economias emergentes, como o Brasil. Economistas da Fitch Ratings destacam que o Brasil, junto com países como Índia e Tailândia, enfrenta riscos significativos devido a tarifas mais altas sobre as exportações dos EUA em comparação com as tarifas aplicadas pelos EUA às importações desses países.
As tarifas médias ponderadas do Brasil são de aproximadamente 5,8%, enquanto as dos EUA são de cerca de 1,3%. O impacto pode ser mais severo se o governo Trump considerar barreiras não tarifárias, como regulamentos sanitários. Setores brasileiros, como aço, etanol e aeronaves, que têm uma alta dependência do mercado norte-americano, podem sofrer consequências diretas. A análise do BTG Pactual indica que produtos como semimanufaturados de ferro e aço e etanol estão entre os mais vulneráveis.
Os mercados financeiros globais permanecem nervosos com a incerteza sobre os detalhes das tarifas. O presidente Trump descreveu o dia de hoje como o "Dia da Libertação", prometendo que as tarifas entrarão em vigor imediatamente. A falta de clareza sobre a aplicação das tarifas e suas possíveis exceções tem gerado volatilidade nos mercados, com investidores aguardando o impacto nas economias e nos lucros corporativos.
O governo brasileiro, por sua vez, se prepara para reagir a essas medidas. O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil deve aguardar os detalhes do pacote tarifário antes de decidir sobre a linha de ação. A expectativa é que o país busque um diálogo com os EUA, ao mesmo tempo em que considera a possibilidade de retaliação, caso as tarifas sejam aplicadas de forma ampla.
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