10 de abr 2025
Argentina renova swap cambial de US$ 18 bilhões com a China em meio a tensões geopolíticas
Argentina renova swap cambial com a China em US$ 5 bilhões, enquanto FMI avalia novo programa de crédito. A disputa por influência na região se intensifica.
O presidente da Argentina, Javier Milei (Foto: AFP)
Ouvir a notícia:
Argentina renova swap cambial de US$ 18 bilhões com a China em meio a tensões geopolíticas
Ouvir a notícia
Argentina renova swap cambial de US$ 18 bilhões com a China em meio a tensões geopolíticas - Argentina renova swap cambial de US$ 18 bilhões com a China em meio a tensões geopolíticas
A Argentina renovou um acordo de swap cambial com a China, avaliando-se em US$ 5 bilhões por um período de 12 meses. O anúncio foi feito pelo Banco Central argentino, poucos dias antes da visita do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, ao país. O swap cambial é um mecanismo que permite a troca de moedas entre bancos centrais, facilitando pagamentos internacionais.
Esse acordo é parte de uma linha de swap maior, que totaliza US$ 18 bilhões. Em 2023, o governo anterior, liderado por Alberto Fernández, utilizou esse mecanismo para honrar dívidas e importações em meio à crise econômica. A renovação do swap ainda depende da aprovação do Banco Popular da China.
O momento da renovação é considerado estratégico, dado o crescente embate por influência entre os Estados Unidos e a China na América Latina. O Fundo Monetário Internacional (FMI) votará um novo programa de crédito de US$ 20 bilhões para a Argentina, o que pode ser interpretado como um apoio dos EUA, já que o país é o maior acionista da instituição.
Mauricio Claver-Carone, enviado da Casa Branca para a América Latina, criticou o swap, considerando-o uma forma de "empréstimo" e defendendo seu fim. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da China pediu aos EUA que adotem uma postura mais construtiva em relação ao desenvolvimento da região. O presidente Javier Milei, que tem uma postura favorável aos EUA, enfrenta um dilema, já que, apesar de ter criticado a China durante sua campanha, agora reconhece a importância do país asiático como parceiro comercial.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.