10 de abr 2025
Crise nos preços do petróleo pode dobrar déficit orçamentário da Arábia Saudita, alerta Goldman Sachs
Goldman Sachs alerta que a queda nos preços do petróleo pode elevar o déficit da Arábia Saudita a até $75 bilhões, exigindo cortes e novas estratégias.
Riyadh, Arábia Saudita. (Foto: Johnnygreig/E+ via Getty Images)
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A Arábia Saudita pode enfrentar um déficit orçamentário de até $75 bilhões devido à queda nos preços do petróleo, conforme previsão do economista Farouk Soussa, do Goldman Sachs. A análise destaca a pressão sobre o reino para revisar seus planos de gastos e medidas fiscais, especialmente em um contexto de demanda reduzida e aumento da oferta de petróleo.
Os gastos do país aumentaram significativamente em função da iniciativa Vision 2030, que visa diversificar a economia e reduzir a dependência do petróleo. Projetos ambiciosos, como a construção da mega-região Neom, estão entre as prioridades, com custos estimados em até $1,5 trilhões. Além disso, a Arábia Saudita se prepara para sediar eventos de grande porte, como a Copa do Mundo de 2034 e a Exposição Mundial de 2030.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o país precisa de preços do petróleo superiores a $90 por barril para equilibrar seu orçamento. Com a previsão de preços em $62 por barril para o Brent, o déficit orçamentário de $30,8 bilhões pode mais que dobrar. Isso pode resultar em mais empréstimos, cortes de gastos e vendas de ativos, como a estatal Saudi Aramco.
Apesar do aumento do déficit, a Arábia Saudita possui uma relação dívida/PIB abaixo de 30%, o que oferece espaço para novos empréstimos. No entanto, a absorção de $75 bilhões em emissão de dívida pode ser desafiadora no mercado atual. O país mantém uma classificação de crédito sólida e reservas em moeda estrangeira de $410,2 bilhões, o que ajuda na gestão do déficit, mas exigirá uma combinação de estratégias para enfrentar os desafios econômicos.
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