Economia

Brasil se destaca como principal fornecedor de alimentos à China em meio a guerra tarifária dos EUA

A guerra comercial entre EUA e China beneficia o Brasil, que vê suas exportações agrícolas dispararem, enquanto os americanos enfrentam queda.

Fila de caminhões para escoamento de soja em postos da BR-364, em Rondônia (Foto: Lucas Alves/Lucas Alves/Divulgação/Aprosoja-RO)

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A guerra comercial entre os EUA e a China tem beneficiado o setor agrícola brasileiro, com um aumento significativo nas exportações. No primeiro trimestre de 2025, as vendas de carne bovina do Brasil para a China cresceram 33% em relação ao ano anterior, enquanto as exportações dos EUA caíram 54%. As tarifas elevadas impostas por ambos os países têm levado a China a buscar novos fornecedores, como o Brasil.

Os preços da soja brasileira também se elevaram, sendo negociada com um prêmio de US$ 1,15 em relação à soja americana. O diretor internacional do Minas Port Group, Rodrigo Alvim, destacou que a China está diversificando seus fornecedores, o que resultará em menor demanda por produtos agrícolas dos EUA. A participação dos EUA nas importações de alimentos da China caiu de 20,7% em 2016 para 13,5% em 2023, enquanto a do Brasil aumentou de 17,2% para 25,2%.

Os agricultores americanos expressam preocupação com a continuidade das tarifas, que afetam a confiança no mercado. Caleb Ragland, presidente da American Soybean Association, pediu um acordo com a China, ressaltando que a economia agrícola está mais fraca do que no início da guerra comercial. As tarifas de importação da China sobre produtos americanos já atingem 125%.

A infraestrutura logística do Brasil ainda apresenta desafios, mas a guerra comercial pode estimular investimentos no setor. A Federação Europeia de Fabricantes de Ração (FEFAC) alerta que a competição por produtos entre Europa e China pode elevar os preços da ração e, consequentemente, dos alimentos. Se a produção na América do Sul não aumentar, a situação poderá se agravar.

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