22 de abr 2025
Guerra comercial entre EUA e China gera incertezas e oportunidades para a economia brasileira
A guerra comercial entre EUA e China gera impactos econômicos distintos no Brasil, com o Centro Oeste se beneficiando e o Sudeste enfrentando perdas. O cenário exige que o país busque novas oportunidades de exportação e diversificação comercial.
Donald Trump: recessão mundial deverá impactar o País, temem empresários e banqueiros da Faria Lima, centro financeiro de São Paulo (Foto: TheWhiteHouse/Divulgação)
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Guerra comercial EUA-China: impactos e oportunidades para o Brasil
A guerra comercial entre Estados Unidos e China, intensificada com a imposição de tarifas, gera incertezas na economia global e afeta o Brasil de forma desigual. Enquanto o Centro-Oeste pode ter um aumento estimado de R$ 6,94 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB), o Sudeste deve sofrer perdas de R$ 7,16 bilhão.
Desdobramentos regionais
A análise do Núcleo de Estudos em Modelagem Econômica Aplicada (Nemea) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indica que o Centro-Oeste se beneficiará da valorização das exportações agrícolas, como soja e derivados do petróleo. Estados como Bahia, Maranhão e Piauí também devem ter ganhos, enquanto Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro enfrentarão dificuldades.
Impactos setoriais
O setor industrial brasileiro teme uma super oferta no mercado interno devido à realocação de fluxos comerciais globais. A indústria siderúrgica, por exemplo, busca evitar esse cenário com cotas de importação de aço. Especialistas alertam para a necessidade de reduzir custos internos e melhorar o ambiente de negócios para aumentar a competitividade.
Oportunidades de expansão
A guerra comercial pode abrir espaço para o Brasil expandir suas exportações para a China, especialmente no agronegócio. A ampliação de acordos comerciais com outros países e blocos, como a União Europeia, também é vista como uma oportunidade para diversificar os mercados e reduzir a dependência dos Estados Unidos.
Reações do mercado
A consultoria Tendências aponta que os efeitos diretos da guerra tarifária sobre as exportações brasileiras são limitados, mas os impactos indiretos, como a desaceleração econômica global e a volatilidade das matérias-primas, podem ser significativos. A avaliação é que o Brasil precisa estar atento à concorrência desleal e defender a atuação da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Atenção aos riscos
Especialistas alertam para o risco de desvio de comércio, com o aumento da oferta de produtos chineses no mercado brasileiro e em outros países da América Latina. A indústria brasileira deve monitorar de perto a concorrência e buscar medidas de defesa comercial, como antidumping e salvaguardas, para proteger seus mercados.
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