Economia

China e EUA intensificam guerra comercial com tarifas recordes e incertezas globais

A guerra comercial entre EUA e China se intensifica, com tarifas elevadas e um cenário de incertezas econômicas. A China, no entanto, está se adaptando e investindo em tecnologia e inovação, buscando reduzir a dependência dos EUA. Recentemente, Pequim anunciou um investimento de mais de US$ 1 trilhão em inteligência artificial e outras áreas tecnológicas, enquanto expande sua produção interna de soja, diminuindo a dependência das importações americanas. As tarifas impostas pelos EUA, que chegam a 245% sobre as exportações chinesas, e a resposta da China com taxas de 125% sobre produtos americanos, têm gerado preocupações sobre uma possível recessão global. Apesar disso, a China possui um vasto mercado interno e uma cadeia de suprimentos robusta, o que lhe confere uma vantagem competitiva. O país também detém US$ 700 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA, o que lhe permite manobrar na guerra comercial. Além disso, a China tem investido em sua capacidade de produção de terras raras, essenciais para a fabricação de tecnologia avançada. A restrição de exportações desses materiais pode impactar indústrias globais, incluindo a de defesa dos EUA. A crescente influência comercial da China, que já é o maior parceiro comercial de sessenta países, sinaliza uma mudança significativa na dinâmica econômica global. O presidente da China, Xi Jinping, mantém um tom desafiador, afirmando que o país está preparado para enfrentar as adversidades. Enquanto isso, os EUA tentam isolar a China em negociações comerciais, mas a resistência de Pequim e sua capacidade de adaptação tornam essa tarefa complexa. **Linha fina:** A China intensifica investimentos em tecnologia e reduz dependência dos EUA, desafiando a dinâmica da guerra comercial.

Não vai ser fácil para Washington encurralar Pequim na guerra comercial (Foto: Getty Images via BBC)

Não vai ser fácil para Washington encurralar Pequim na guerra comercial (Foto: Getty Images via BBC)

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A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China continua a se intensificar, com tarifas que chegam a 245% sobre as exportações chinesas para os EUA e 125% sobre as importações americanas para a China. Esse cenário gera incertezas econômicas e aumenta os temores de uma possível recessão global. O governo chinês, sob a liderança de Xi Jinping, anunciou investimentos significativos em tecnologia e inovação, visando reduzir a dependência dos EUA e fortalecer sua produção interna, especialmente de soja.

A China, com um mercado interno vasto, busca aliviar a pressão sobre seus exportadores afetados pelas tarifas. O país investe bilhões para se tornar uma potência tecnológica, competindo diretamente com os EUA. A China detém US$ 700 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA, o que lhe confere uma vantagem estratégica na guerra comercial. Apesar das dificuldades, Pequim mantém um tom desafiador, afirmando que está disposta a "lutar até o fim" se necessário.

Recentemente, Pequim anunciou planos de investir mais de US$ 1 trilhão na próxima década para impulsionar a inovação em inteligência artificial. As empresas americanas tentaram transferir suas cadeias de suprimentos para fora da China, mas enfrentam desafios significativos para replicar a infraestrutura e a mão de obra qualificada disponíveis no país. A expertise da China na cadeia de suprimentos, aliada ao apoio governamental, a torna um adversário forte nesta disputa.

A China também tem se diversificado comercialmente, reduzindo sua dependência dos EUA. O país agora obtém cerca de 20% de suas importações de soja dos EUA, uma queda significativa em relação a 40% anteriormente. O Sudeste Asiático se tornou o principal mercado de exportação da China, superando os EUA. Em 2023, a China foi o maior parceiro comercial de sessenta países, quase o dobro do número de parcerias com os EUA.

A guerra comercial não apenas afeta as relações entre as duas potências, mas também impacta o mercado global. A China já restringiu as exportações de metais de terras raras, essenciais para a fabricação de tecnologia avançada, como chips de inteligência artificial. Essa estratégia pode ter consequências significativas para a indústria de defesa dos EUA e outras áreas tecnológicas.

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