28 de abr 2025
Consumo se divide entre classes sociais com ricos gastando e pobres economizando
Gastos de consumidores de baixa renda caem 4% em 2025, enquanto os de alta renda aumentam, evidenciando a crescente divisão econômica nos EUA.
Shoppers caminham pelo King of Prussia Mall, enquanto os mercados globais se preparam para um impacto no comércio e no crescimento causado pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de importação a dezenas de países, em King of Prussia, Pensilvânia, EUA, em 3 de abril de 2025. (Foto: Rachel Wisniewski/Reuters)
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A economia americana apresenta um cenário polarizado no início de 2025. Consumidores de baixa renda reduziram seus gastos em 4% no primeiro trimestre, enquanto os de alta renda aumentaram seus gastos, refletindo uma crescente divisão no comportamento de consumo. Dados de instituições financeiras indicam que a inflação e as incertezas econômicas impactam mais fortemente os menos favorecidos.
Os resultados do primeiro trimestre revelam que, enquanto o gasto dos consumidores de baixa renda caiu, os clientes de cartões de crédito voltados para os ricos, como American Express e JPMorgan Chase, registraram aumentos de 6% e 7%, respectivamente. O CEO da Synchrony, Brian Doubles, destacou que os consumidores de baixa renda começaram a restringir seus gastos há cerca de um ano, priorizando itens essenciais em detrimento de despesas discricionárias.
A situação é preocupante, pois a proporção de usuários de cartões de crédito que fazem apenas pagamentos mínimos atingiu 11,1%, o maior nível em 12 anos, segundo dados do Federal Reserve Bank of Philadelphia. Analistas apontam que a divisão entre os consumidores ricos e pobres se intensificou, com os primeiros se mostrando mais resilientes às pressões econômicas, enquanto os segundos enfrentam dificuldades crescentes.
Mudanças no comportamento de compra também são notadas. Consumidores estão priorizando eletrônicos e itens para o lar, enquanto a demanda por viagens e entretenimento diminui. A incerteza sobre tarifas e inflação futura pode impactar ainda mais as decisões de compra, levando a uma possível desaceleração na demanda.
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