30 de abr 2025
Economia da zona do euro cresce 0,4% no primeiro trimestre, mas incertezas persistem
Crescimento da zona do euro surpreende, mas incertezas comerciais com os EUA ameaçam a recuperação. O impacto das tarifas de Trump é iminente.
A bandeira dos Estados Unidos reproduzida no teto de LED do corredor central do MSC World America, novo navio de cruzeiros da MSC, baseado em Miami (Foto: Eduardo Maia/O Globo)
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A economia da zona do euro cresceu 0,4% no primeiro trimestre de 2025, superando as expectativas de 0,2%. O crescimento é um alívio em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos, que impuseram tarifas sobre produtos europeus. Apesar do resultado positivo, a incerteza gerada pela política tarifária de Donald Trump afeta a confiança empresarial na região.
Os dados divulgados pela Eurostat mostram que a economia da zona do euro se expandiu por cinco trimestres consecutivos. Alemanha e França, dois dos principais membros do bloco, registraram crescimento de 0,2% e 0,1%, respectivamente. A Itália também apresentou um desempenho acima do esperado, com 0,3% de crescimento. No entanto, a Irlanda teve um aumento expressivo de 3,2%, distorcendo a média do bloco.
Impacto das Tarifas
As tarifas impostas pelos EUA, incluindo uma taxa de 20% sobre produtos da União Europeia, geraram um clima de incerteza. O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmou que as tensões comerciais não devem levar a uma recessão na zona do euro, mas a expansão será menor do que o esperado. O BCE já cortou as taxas de juros em várias ocasiões para estimular a economia.
Os indicadores de confiança empresarial na Europa caíram, refletindo a preocupação com o impacto das tarifas. O índice de sentimento econômico da Comissão Europeia atingiu seu nível mais baixo desde dezembro de 2024. As empresas, como Volkswagen e Mercedes-Benz, alertaram que as tarifas podem afetar lucros e investimentos.
Perspectivas Futuras
Embora o crescimento da zona do euro tenha sido positivo, as perspectivas se tornaram sombrias após a implementação das tarifas. A maioria dos economistas acredita que os EUA sofrerão um impacto maior, o que pode levar a uma revisão das políticas tarifárias. O BCE continua monitorando a situação e pode realizar novos cortes nas taxas de juros para apoiar a economia.
Os dados de inflação também são relevantes, com a taxa na zona do euro se aproximando da meta de 2%. A expectativa é que os preços subam 2,1% em abril em relação ao ano anterior, embora a inflação subjacente deva aumentar para 2,5%. As próximas semanas serão cruciais para entender o impacto total das tarifas e a resiliência da economia europeia.
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