25 de abr 2025
FMI recomenda ao BCE nova redução de juros para impulsionar crescimento na Europa
FMI recomenda ao BCE a redução da taxa de juros para 2% em meio a incertezas comerciais e crescimento da zona euro projetado em 0,8%.
A presidenta do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, e a presidenta da Confederação Suíça, Karin Keller-Sutter (de costas), nas reuniões do Fundo Monetário Internacional em Washington. (Foto: Ken Cedeno/REUTERS)
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou ao Banco Central Europeu (BCE) que reduza a taxa de juros para 2% e mantenha esse nível, em meio a um cenário de incertezas econômicas e tensões comerciais globais. A previsão de crescimento da zona euro foi cortada para 0,8%, refletindo preocupações com tarifas comerciais.
Alfred Kammer, diretor do departamento do FMI para Europa, destacou que a política monetária deve ser ágil e focada em objetivos duradouros. Desde junho do ano passado, o BCE já reduziu a taxa de juros em sete ocasiões, passando de 4% para 2,25%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, indicou que a decisão sobre um novo corte em junho dependerá de dados futuros.
As tensões comerciais, especialmente entre os Estados Unidos e a China, têm impactado o crescimento global. Kammer alertou que a incerteza sobre tarifas comerciais pode levar a um aumento nas expectativas de inflação, embora uma recessão na Europa possa exercer pressão contrária. Ele também mencionou que a situação na Europa é diferente da dos EUA, onde a guerra comercial pode elevar os preços.
O FMI também observou que o pacote de infraestrutura da Alemanha, no valor de 500 bilhões de euros, e o aumento do gasto em defesa podem ter um impacto positivo no crescimento da zona euro, estimando um acréscimo de 0,1% a 0,2% do PIB em 2025 e 2026. No entanto, os riscos para o crescimento permanecem elevados, com a possibilidade de agravamento das tensões comerciais.
Kammer enfatizou a importância de preservar a abertura comercial e expandir acordos de livre comércio. O FMI está preparando relatórios com recomendações para os países europeus, focando na integração e reformas internas que podem aumentar o PIB da União Europeia em até 3% na próxima década.
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