04 de mai 2025
Congo busca parcerias para explorar riquezas minerais em meio a disputas globais
A luta por minerais críticos na República Democrática do Congo intensifica se, com EUA e China disputando recursos estratégicos.
Uma planta de processamento de níquel em Sorowako, Indonésia. (Foto: Ulet Ifansasti/Getty Images)
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A República Democrática do Congo (DRC) busca parcerias com os Estados Unidos para explorar seus ricos recursos minerais, enquanto enfrenta a concorrência de potências como a China e a instabilidade provocada por grupos rebeldes, como o M23. O presidente congolês, Félix Tshisekedi, ofereceu oportunidades de mineração em troca de apoio militar contra os rebeldes.
O passado colonial da Bélgica, sob o reinado de Leopoldo II, resultou em milhões de mortes e na exploração de recursos como marfim e borracha. Atualmente, a DRC possui vastas reservas de minerais críticos, incluindo cobalto e coltan, que representam 75% e 80% das reservas globais, respectivamente. A demanda por esses minerais tem crescido, impulsionada pela transição energética e pela produção de tecnologias digitais.
Recentemente, o preço do cobalto caiu para níveis históricos, levando a DRC a impor restrições de exportação para estabilizar o mercado. Tshisekedi destacou que a parceria com os EUA poderia garantir acesso a minerais essenciais, como cobalto e lítio, beneficiando tanto a DRC quanto as empresas americanas, como Apple e Tesla.
Conflitos e Interesses
A situação na DRC é complexa. A China, que já investiu mais de R$ 12,8 bilhões na DRC, tem sido um parceiro importante, financiando infraestrutura para a extração de minerais. No entanto, a crescente instabilidade levou Pequim a exigir que Ruanda retire seu apoio aos rebeldes do M23. A União Europeia também impôs sanções a oficiais ruandeses envolvidos na extração ilegal de recursos.
A disputa por minerais críticos se intensifica, com os EUA e a Europa buscando garantir o fornecimento para suas indústrias. A UE lançou um mecanismo de investimento para apoiar projetos de mineração em diversos países, enquanto os EUA reativaram sua agenda imperialista, buscando aumentar a produção interna de minerais estratégicos.
A corrida por recursos minerais essenciais, como lítio e níquel, está moldando a dinâmica geopolítica. O aumento da demanda por baterias e tecnologias renováveis torna a DRC um ponto focal nesta disputa, refletindo um padrão histórico de exploração e competição por recursos naturais.
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