Economia

Panama Canal enfrenta crise de tráfego devido a tarifas de Trump e queda nas importações

A guerra comercial entre EUA e China e a crise hídrica ameaçam a receita do Canal do Panamá, crucial para o comércio global.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio (E), conversa com o administrador da Autoridade do Canal do Panamá, Ricaurte Vasquez, durante uma visita às eclusas de Miraflores, na Cidade do Panamá, em 2 de fevereiro de 2025. (Foto: Mark Schiefelbein | AFP | Getty Images)

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio (E), conversa com o administrador da Autoridade do Canal do Panamá, Ricaurte Vasquez, durante uma visita às eclusas de Miraflores, na Cidade do Panamá, em 2 de fevereiro de 2025. (Foto: Mark Schiefelbein | AFP | Getty Images)

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O Canal do Panamá enfrenta uma crise significativa devido à combinação de fenômenos climáticos e à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. A recente imposição de tarifas pelo ex-presidente Donald Trump resultou em uma queda de 300% nos embarques dos EUA para a China, impactando diretamente a receita do canal, que é vital para o comércio global.

Cerca de 40% do tráfego de contêineres dos EUA passa pelo Canal do Panamá, que movimenta anualmente aproximadamente R$ 1,4 trilhões em carga. A autoridade do canal, que registrou uma receita de R$ 3,38 bilhões no último ano, já sente os efeitos da desaceleração nas ordens de produtos manufaturados da China. Desde o anúncio das tarifas em abril, houve um aumento significativo nos cancelamentos de embarques.

Impactos da Guerra Comercial

A guerra comercial entre os EUA e a China tem gerado incertezas que afetam o tráfego marítimo. Dados da Project44 indicam que houve um aumento de 300% nas navegações canceladas de embarcações da China para os Estados Unidos. Os portos da Costa Oeste já estão enfrentando dificuldades, e a situação deve se agravar na Costa Leste, onde a redução nas ordens de fabricação resulta em menos contêineres disponíveis.

Boris Moreno, vice-presidente de operações da Autoridade do Canal do Panamá, afirmou que qualquer recessão nos EUA terá repercussões diretas sobre o canal, que depende fortemente do comércio com os Estados Unidos. A diminuição no número de embarcações pode impactar a receita do canal, que é baseada no número de transações realizadas.

Relações com a China

A relação entre o Panamá e a China tem sido alvo de controvérsias. O ex-presidente Trump acusou o Panamá de permitir que a China controle os portos estratégicos do canal, o que foi negado pelo governo panamenho. Ricaurte Vasquez, administrador da Autoridade do Canal, reafirmou que o canal permanece neutro e aberto a todos os países.

Recentemente, um grupo de investimentos liderado pela BlackRock manifestou interesse em adquirir portos em ambos os extremos do canal, mas o desfecho dessa negociação ainda é incerto. A situação do Canal do Panamá continua a ser um ponto focal nas tensões comerciais entre as duas potências.

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