Economia

Brasil fortalece laços comerciais com a China e busca diversificação nas exportações

Brasil e China: superávit de US$ 30,8 bilhões e investimentos recordes de US$ 73 bilhões em 2024. A diversificação das exportações é urgente.

Vista aérea de contêineres em um porto de Xangai, na China (Foto: China OUT / AFP)

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O Brasil registrou um superávit comercial de US$ 30,8 bilhões com a China em 2024, com exportações totalizando US$ 94,4 bilhões e importações de US$ 63,6 bilhões. Os investimentos chineses no país também atingiram um recorde, somando US$ 73 bilhões, conforme dados do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

A crescente dependência do Brasil em relação à China é evidente, especialmente em um contexto de isolacionismo dos Estados Unidos. A China se consolidou como um parceiro comercial estratégico, absorvendo 28% das exportações brasileiras e respondendo por 41,4% do superávit comercial. Apesar disso, o Brasil optou por não aderir à Nova Rota da Seda, evitando atritos com os EUA.

Os investimentos chineses estão concentrados em setores como energia (45%), óleo e gás (30%), e infraestrutura. O Grupo Cofco, por exemplo, investe US$ 285 milhões no Porto de Santos, ampliando sua capacidade de movimentação de produtos. O diretor de política e estratégia do Cofco, Guo Jumping, destacou a intenção de aumentar a produção e o processamento para atender mais produtores rurais.

Oportunidades e Desafios

Empresários brasileiros buscam aumentar a integração com a China, especialmente na transição energética. A China lidera em energias alternativas e na eletrificação da frota automotiva. Liu Xiaoshi, da plataforma China EV 100, afirmou que "o carro elétrico será dominante no Brasil". A chinesa BYD investe R$ 5,5 bilhões em Camaçari, na Bahia, para construir sua maior fábrica fora da Ásia.

A dependência crescente do Brasil em relação à China levanta questões sobre a diversificação das exportações. Embora a guerra comercial com os EUA ofereça oportunidades para o agronegócio brasileiro, é prudente considerar a diversificação na pauta e nos destinos das exportações. A estratégia mais eficaz para o Brasil é evitar a concentração excessiva em um único parceiro comercial.

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