08 de mai 2025
China alerta sobre armadilha tarifária dos EUA e destaca riscos à economia global
A tensão entre EUA e China aumenta com tarifas insustentáveis, enquanto a China resiste a recuar, afetando o comércio global.
Enquanto os navios porta-contêineres atravessam o Pacífico vindos da China, os líderes americanos estão acordando para a armadilha que criaram para si mesmos (Foto: Jeff Chiu/AP)
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A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China intensifica-se, com a China alertando sobre uma "tempestade tarifária" provocada pelos EUA. Em um vídeo recente, o Ministério das Relações Exteriores da China descreve a situação econômica global como uma armadilha mortal, destacando a insustentabilidade das tarifas americanas.
Os líderes dos EUA reconhecem que as tarifas atuais, que chegam a 145% sobre produtos chineses, não são viáveis. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que essas taxas "cairão substancialmente". A pressão sobre os consumidores americanos aumenta, pois as tarifas elevadas impactam diretamente os preços dos produtos.
Reação da China
Apesar das dificuldades enfrentadas por seus exportadores, a China parece relutante em recuar. O vídeo do Ministério das Relações Exteriores sugere que os EUA são "tigres de papel" e que ceder apenas incentivaria mais agressões. Um artigo do Beijing Daily reforça essa postura, citando Mao Tsé-Tung e a ideia de que a "vitória rápida" é uma ilusão.
A economia chinesa já enfrenta desafios, como a deflação e a queda no mercado imobiliário. Uma pesquisa recente revelou que os novos pedidos de exportação estão em seu nível mais baixo desde o final de 2022. A China precisa que seus consumidores aumentem os gastos para enfrentar a guerra comercial.
Implicações Geopolíticas
O impasse entre as duas superpotências prejudica ambas, mas a disputa geopolítica é de "soma zero". A perda de credibilidade dos EUA pode beneficiar a China, que busca consolidar sua posição como um parceiro comercial estável. O vídeo do Ministério das Relações Exteriores conclama outras nações a se unirem contra os EUA, que representam menos de um quinto do comércio global.
Embora a China tenha influência significativa nas cadeias de suprimentos asiáticas, seus vizinhos, como Japão e Coreia do Sul, permanecem dependentes das garantias de segurança dos EUA. Muitos países asiáticos tentam apaziguar os EUA, oferecendo comprar mais produtos americanos e removendo barreiras comerciais.
A situação continua tensa, com a China mantendo uma postura firme, enquanto os EUA enfrentam a pressão de suas próprias tarifas. O futuro das relações comerciais entre as duas nações permanece incerto, com a possibilidade de novas escaladas.
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