10 de mai 2025
China e EUA iniciam negociações em Genebra para desescalar guerra comercial
EUA e China iniciam negociações em Genebra para desescalar a guerra comercial, enquanto tarifas elevadas pressionam economias globais.
Em sua estratégia, Xi aumentou as exportações e aprofundou a posição da China como a principal base mundial de fabricação (Foto: Pavel Bednyakov/AP)
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Autoridades dos Estados Unidos e da China iniciaram negociações em Genebra, na Suíça, no último sábado, com o objetivo de desescalar a guerra comercial entre as duas potências. O secretário de Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, lideram as discussões, que devem durar dois dias. Este é o primeiro encontro presencial desde que os EUA impuseram tarifas de 145% sobre produtos chineses, levando Pequim a retaliar com tarifas de 125% sobre itens americanos.
As conversas ocorrem em um contexto de crescente pressão econômica em ambos os países. A troca de tarifas tem impactado os mercados financeiros e pode resultar em escassez de produtos e aumento de preços para os consumidores americanos. A economia chinesa, por sua vez, enfrenta sinais de fraqueza, com queda nas exportações e dificuldades na manufatura.
A agência de notícias estatal chinesa, Xinhua, classificou o encontro como um "passo importante" para resolver as tensões comerciais. No entanto, a China mantém uma postura cautelosa, considerando as negociações mais exploratórias do que propensas a um acordo imediato. O governo dos EUA, por outro lado, busca garantir que a China reduza suas restrições à exportação de minerais críticos.
Os efeitos da guerra comercial já são visíveis, com a queda de 21% nas exportações da China para os EUA. Analistas alertam que a escassez de produtos pode começar a afetar o mercado americano nas próximas semanas. A Organização Mundial do Comércio (OMC) já revisou suas previsões de crescimento do comércio global devido ao conflito.
Ambos os lados reconhecem que têm muito a perder se as negociações falharem. O comércio bilateral entre os dois países gira em torno de US$ 700 bilhões anualmente, e a China detém cerca de US$ 1,4 trilhão em investimentos nos EUA. A pressão para encontrar um caminho para a resolução das tensões comerciais continua a aumentar, enquanto as economias globais enfrentam incertezas.
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