14 de mai 2025
EUA e Ucrânia firmam acordo de minerais que pode transformar relações comerciais globais
Acordo entre EUA e Ucrânia troca minerais por segurança, abrindo caminho para novas parcerias estratégicas com outros países.
Um funcionário trabalha em um local de produção de sal rosa no Lago Sasyk-Sivash, perto de Yevpatoria, em 21 de setembro de 2023. (Foto: Stringer/Afp/Getty Images)
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Os Estados Unidos e a Ucrânia assinaram um acordo histórico para a troca de minerais por segurança, visando fortalecer laços econômicos e de segurança. O pacto, ratificado recentemente pelo Parlamento ucraniano, busca aprofundar as relações comerciais e posicionar a Ucrânia como fornecedora de minerais estratégicos para os EUA.
O acordo foi firmado após meses de negociações e mais de três anos desde o início da invasão russa à Ucrânia. O CEO do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM), Ro Dhawan, afirmou que este não será o último acordo bilateral envolvendo minerais e geopolítica. Ele prevê que outros países, como a República Democrática do Congo, possam seguir o mesmo caminho.
Os minerais críticos, essenciais para a transição energética, incluem cobre, lítio, níquel, cobalto e elementos de terras raras. A China domina a cadeia de suprimentos desses materiais, representando cerca de sessenta por cento da produção global. A rivalidade geopolítica entre EUA e China tem colocado esses minerais no centro da agenda de segurança nacional dos EUA.
Heidi Crebo-Rediker, do Conselho de Relações Exteriores, destacou que as vastas reservas de minerais da Ucrânia podem oferecer uma cadeia de suprimentos segura para os EUA. Entretanto, Timothy Puko, da Eurasia Group, expressou ceticismo sobre a possibilidade de novos acordos semelhantes, citando a resistência de outros países em abrir mão de seus recursos.
A relação entre EUA e Canadá, por exemplo, já é complexa, com o novo primeiro-ministro canadense, Mark Carney, afirmando que o país "não está à venda". A colaboração entre os dois países é histórica, mas a incerteza nas relações comerciais pode dificultar novos acordos de troca de minerais por segurança.
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