20 de mai 2025
China mantém controle rígido sobre exportações de terras raras apesar de trégua comercial com os EUA
China mantém rígidos controles sobre exportações de terras raras, desafiando promessas de trégua com os EUA e reforçando sua influência geopolítica.
Foto tirada em 3 de julho de 2017 em Meautis mostra a linha de produção de uma planta da cooperativa agrícola francesa na indústria de laticínios 'Les Maitres laitiers du Cotentin'. A planta fabrica produtos lácteos destinados ao mercado da China. (Foto: CHARLY TRIBALLEAU/AFP via Getty Images)
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A China mantém o controle rígido sobre suas exportações de terras raras, mesmo após um acordo de trégua com os Estados Unidos. O entendimento, firmado em Genebra, visava a redução de tarifas, mas não incluiu a suspensão das restrições sobre sete minerais raros, essenciais para diversas indústrias.
O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, afirmou que a China concordou em remover as contramedidas, mas especialistas indicam que o regime de controle de exportação foi fortalecido. Desde abril, cada remessa de minerais raros requer aprovação do governo, resultando em atrasos significativos para empresas americanas.
A nova política de licenciamento de exportação da China foi implementada após a trégua, mas não houve menção à flexibilização das restrições. A China removeu 28 empresas dos EUA de sua lista de controle de exportação, mas não garantiu que as licenças seriam concedidas a empresas de defesa americanas. A diretora do Programa de Segurança de Minerais Críticos do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, Gracelin Baskaran, destacou que o regime de licenciamento pode permanecer por um longo período.
Recentemente, a China começou a emitir licenças para exportação de ímãs de terras raras, mas cada remessa requer um novo pedido. Isso permite que Pequim mantenha controle sobre quem pode acessar esses materiais. A situação é preocupante para a indústria de defesa dos EUA, que pode enfrentar questionamentos adicionais durante o processo de licenciamento.
A dependência global das terras raras é significativa, com a China respondendo por 61% da produção global. O controle sobre esses recursos é visto como uma arma geopolítica, criando incertezas no mercado. A concessão de licenças para empresas como a Volkswagen, por exemplo, sinaliza uma mensagem política em meio a tensões entre os EUA e a China.
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