20 de mai 2025


China reduz taxas de juros a níveis históricos para estimular a economia
Banco da China corta juros a mínimos históricos, mas analistas alertam que medidas podem ser insuficientes para reverter estagnação econômica.
Foto:Reprodução
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O Banco Popular da China anunciou, na terça-feira, a redução de duas taxas básicas de juros a mínimos históricos. A medida visa estimular o crescimento da economia, que enfrenta desafios desde a pandemia de covid-19. As tensões comerciais com os Estados Unidos também impactam a meta de crescimento de 5% do PIB estabelecida para este ano.
A taxa de empréstimo preferencial de um ano foi reduzida de 3,1% para 3%, enquanto a taxa de cinco anos caiu de 3,6% para 3,5%. Essas taxas já haviam sido cortadas em outubro, mas os analistas consideram que os cortes são modestos e podem não ser suficientes para aumentar a demanda por empréstimos. Zichun Huang, economista da Capital Economics, destacou que, embora a redução alivie a pressão sobre empresas endividadas, não deve impulsionar significativamente a atividade econômica.
Desafios Econômicos
A economia chinesa enfrenta um consumo fraco, uma crise persistente no setor imobiliário e um alto desemprego juvenil. Apesar disso, o PIB cresceu 5,4% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, superando expectativas. A produção industrial também teve um aumento de 6,1% em abril, embora as vendas no varejo tenham desacelerado para 5,1% no mesmo mês.
Os cortes nas taxas de juros foram amplamente esperados e visam aumentar o consumo e proteger as margens de lucro dos credores. O analista-chefe do MUFG Bank, Marco Sun, afirmou que a abordagem do banco central será cautelosa, dependendo da evolução dos riscos geopolíticos. As reduções fazem parte de um pacote de medidas que antecedem as negociações entre China e EUA em Genebra.
Reação do Mercado
Após o anúncio, as ações na China e em Hong Kong tiveram uma reação positiva. O índice de Xangai subiu 0,38%, enquanto o CSI300 avançou 0,54%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 1,49%, refletindo a confiança do mercado. Setores como saúde e consumo mostraram ganhos significativos, indicando uma recuperação do apetite por risco entre os investidores.
A combinação de cortes nas taxas e avanços nas negociações tarifárias entre os EUA e a China contribuiu para a melhora na confiança do mercado. A gestora de investimentos TF Securities observou que a incerteza diminuiu, favorecendo um ambiente mais otimista para os investidores.
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