21 de mai 2025

EUA perdem influência na definição do futuro global, afirma Rubens Ricupero
Tarifas elevadas de Trump geram incertezas globais; negociações com a China buscam amenizar tensões comerciais. O futuro do comércio é incerto.
Foto:Reprodução
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Quatro meses após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, o cenário econômico global permanece incerto. Em abril, a revista The Economist destacou o que chamou de “Dia da Ruína”, enquanto Trump o considera um “Dia da Libertação”. As tarifas comerciais elevadas, parte de sua estratégia “Make America First”, geraram reações de diversos países, que buscam mitigar os impactos.
Recentemente, Trump iniciou negociações com a China para a redução temporária das tarifas, estabelecendo um acordo de 90 dias. Essa medida, embora não definitiva, reflete uma tentativa de acalmar as tensões comerciais. Outros países, como os da União Europeia, ainda aguardam os desdobramentos antes de tomar decisões sobre tarifas recíprocas.
Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda, comentou sobre a nova dinâmica do comércio mundial. Ele destacou que os Estados Unidos, embora ainda possam causar danos, não têm mais o poder de determinar as regras globais. “Os Estados Unidos, hoje, não têm mais o poder de determinar como vai ser o mundo”, afirmou Ricupero. Ele observou que, apesar do caos inicial, o mundo está se movendo em direção a uma maior descentralização e multilateralismo.
Os impactos das tarifas de Trump afetam 160 países, com taxas que variam de 10% a 52%. No entanto, muitos países, incluindo o Brasil, continuam a manter suas relações comerciais, ignorando as medidas unilaterais do presidente americano. O comércio global segue, com países como o Brasil mantendo suas vendas para a União Europeia e outros mercados.
Ricupero também ressaltou que as ações de Trump não acabaram com a Organização Mundial do Comércio (OMC), embora ele tenha agido de forma a ignorar algumas regras. O ex-ministro enfatizou que a maioria do comércio ainda é regulamentada pelas normas do GATT, e que mudanças unilaterais nas tarifas são ilegais.
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