Economia

União Europeia intensifica sanções contra Rússia, afetando importações de diesel no Brasil

A dependência do Brasil em relação ao diesel russo cresce, enquanto a UE intensifica sanções visando a frota que transporta petróleo da Rússia.

Imagem do Eventin, petroleiro de bandeira panamenha, que faria parte da frota fantasma que transporta petróleo russo e ficou à deriva no começo deste ano no mar Báltico, sendo conduzido por um rebocador alemão (Foto: Comando Central de Emergências Marítimas da Alemanha - 10.jan.25/AFP)

Imagem do Eventin, petroleiro de bandeira panamenha, que faria parte da frota fantasma que transporta petróleo russo e ficou à deriva no começo deste ano no mar Báltico, sendo conduzido por um rebocador alemão (Foto: Comando Central de Emergências Marítimas da Alemanha - 10.jan.25/AFP)

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A União Europeia (UE) anunciou um 17º pacote de sanções contra a Rússia, focando na chamada "shadow fleet", que transporta petróleo russo. O Brasil, que se tornou um dos principais importadores de diesel russo, agora depende desse combustível em 63,6% de suas importações, um aumento significativo em relação a 50,4% em 2023.

As sanções visam restringir o comércio de petróleo russo, mas não interrompem completamente o fluxo. O impacto já é sentido nos preços do diesel, que podem ser afetados por novas tarifas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita a Moscou, destacou a importância da Rússia como parceiro comercial, afirmando que 70% do diesel importado é proveniente desse país.

Aumento da Dependência

Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) mostram que o Brasil enfrenta um déficit de 25% entre a produção nacional e a demanda por diesel. A Rússia se consolidou como a principal fonte de diesel importado, com embarques que ocorrem principalmente pelos portos de Primorsk, Vigotski, São Petersburgo e Ust-Luga. O trajeto até o Brasil leva cerca de 24 dias, mais longo que as rotas dos Estados Unidos.

A pressão das sanções europeias pode levar as grandes distribuidoras a buscar alternativas, já que empresas como Vibra e Ipiranga temem punições por descumprir as restrições. A Petrobras, por sua vez, não importa diesel russo, preferindo fornecedores de outros países.

Consequências e Reações

A chanceler da UE, Kaja Kallas, afirmou que a resposta à guerra na Ucrânia será cada vez mais dura. A próxima edição de sanções já está em preparação, com a possibilidade de redução do teto de preço do petróleo russo de US$ 60 para US$ 50. O aumento das sanções pode restringir ainda mais as compras de diesel russo, impactando os preços nas bombas brasileiras.

O cenário é complexo, com a Rússia enfrentando dificuldades para escoar seu petróleo devido às sanções, enquanto o Brasil se vê em uma posição delicada, dependendo cada vez mais desse combustível em meio a um contexto de crescente pressão internacional.

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