Pressões econômicas e militares podem forçar Rússia a negociar com Ucrânia

A Rússia enfrenta uma desaceleração econômica significativa em meio à guerra com a Ucrânia, com previsões de queda nas receitas de petróleo e gás. A pressão militar e econômica pode levar Moscou a considerar negociações de paz. Apesar de tentativas de diálogo, a Rússia tem demonstrado pouco interesse em cessar as hostilidades, planejando uma nova ofensiva para consolidar ganhos territoriais.

A economia russa, já afetada por sanções internacionais, enfrenta uma inflação alarmante e custos elevados de produção. O Banco Central da Rússia manteve a taxa de juros em 21% para controlar a inflação, que atingiu 10,2% em abril. A previsão é de que o crescimento do PIB caia de 4,3% em 2024 para 2,5% em 2025.

Analistas apontam que a Rússia pode sustentar suas operações militares por mais duas temporadas, mas uma nova ofensiva até 2026 exigirá mobilização forçada, o que é desafiador politicamente. A queda nos preços do petróleo, que agora gira em torno de R$ 59,97 por barril, e a pressão das sanções sobre a frota clandestina de transporte de petróleo estão limitando as receitas do país.

Se as potências ocidentais mantiverem a pressão econômica e a Ucrânia conseguir impedir a Rússia de avançar em Donetsk até o final do ano, Moscou poderá enfrentar duras escolhas sobre os custos da guerra. Especialistas acreditam que, sob tais condições, a Rússia pode passar de negociações superficiais para discussões reais sobre a paz.