Economia

Países em desenvolvimento enfrentarão R$ 125 bi em dívidas com a China em 2025

Dívida recorde de US$ 22 bilhões com a China em 2025 pressiona os 75 países mais pobres, levantando preocupações sobre alavancagem geopolítica.

Foto:Reprodução

Foto:Reprodução

Ouvir a notícia

Países em desenvolvimento enfrentarão R$ 125 bi em dívidas com a China em 2025 - Países em desenvolvimento enfrentarão R$ 125 bi em dívidas com a China em 2025

0:000:00

Os 75 países mais pobres do mundo enfrentarão uma dívida recorde de US$ 22 bilhões (mais de R$ 125 bilhões) com a China em 2025, conforme um relatório do Lowy Institute divulgado nesta terça-feira, 28. Este montante representa a maior parte dos US$ 35 bilhões que o governo chinês cobrará neste ano.

O relatório destaca que os empréstimos da China falharam em momentos críticos, resultando em grandes saídas financeiras para países que já enfrentavam dificuldades econômicas. A pesquisa afirma que, a partir de agora, a China se tornará mais uma cobradora de dívidas do que uma fonte de crédito para o mundo em desenvolvimento.

Desde a década de 2010, a China se consolidou como a principal fornecedora de crédito bilateral para países em desenvolvimento, especialmente através da Iniciativa Cinturão e Rota. O pico de empréstimos ocorreu em 2016, com investimentos em infraestrutura em diversas regiões, incluindo Ásia, África e Europa. O relatório revela que a participação da China na dívida externa de países de baixa renda saltou de menos de 5% em 2005 para mais de 40% em 2015.

Pressão Financeira

Atualmente, a China representa mais de 30% de todos os pagamentos de serviço da dívida bilateral para países em desenvolvimento, com um impacto ainda mais significativo entre as nações mais vulneráveis. Os pagamentos a Pequim correspondem a um quarto de todos os custos do serviço da dívida, superando credores multilaterais e privados.

Os termos dos empréstimos chineses incluem períodos de carência de 3 a 5 anos e prazos de 15 a 20 anos, o que pode tornar a próxima década crítica para os pagamentos. O relatório sugere que a China pode usar esses reembolsos como alavancagem geopolítica, aumentando sua influência sobre países em desenvolvimento.

Embora o Brasil não esteja entre os países mais pobres, pode enfrentar desafios financeiros no futuro. A China continua a financiar nações estratégicas, como Paquistão e Cazaquistão, além de países ricos em recursos naturais, como Argentina e Indonésia.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela