02 de jun 2025
Exploração lunar promete movimentar trilhões com mineração de hélio-3 e água
A corrida pela mineração lunar avança com empresas e nações investindo em tecnologias para explorar recursos valiosos como hélio 3.
Foto: Reprodução
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A exploração lunar está em ascensão, com empresas como Interlune e Terra Luna investindo em tecnologias de mineração. A China também avança na construção da International Lunar Research Station, prometendo uma nova era na exploração espacial.
A Lua possui recursos valiosos, como hélio-3, água congelada e metais raros, que podem movimentar mais de US$ 30 trilhões. Um estudo canadense aponta que as crateras lunares concentram mais de US$ 1 trilhão em metais do grupo da platina. O hélio-3, em particular, é um isótopo raro que pode revolucionar o mercado de energias limpas, alcançando até US$ 20 milhões por quilo.
A mineração lunar requer escavadores robóticos para processar o regolito. As tecnologias visam extrair água, separar oxigênio e capturar gases raros. O custo atual para transportar material até a Lua é de até US$ 1,2 milhão por litro, mas empresas esperam reduzir esse valor para cerca de US$ 10 mil com novos sistemas.
Iniciativas de Mineração
Entre as empresas que se destacam, a Interlune, fundada em 2024, desenvolveu um escavador robótico que pode processar 100 toneladas de solo lunar por hora. A Terra Luna, por sua vez, foca na purificação e extração de água do regolito lunar, essencial para futuras bases humanas. A Ispace, com experiência em missões lunares, planeja novas operações em 2026.
A China lidera a infraestrutura lunar com a construção da International Lunar Research Station, prevista para ser concluída até 2035. As missões da série Chang’e têm como objetivo preparar o terreno para essa base, incluindo estudos de mineração robótica.
Desafios e Oportunidades
Os Estados Unidos, através do programa Artemis, buscam retornar astronautas à Lua e validar tecnologias de extração. No entanto, o programa enfrenta desafios financeiros e a falta de uma base lunar permanente. A Índia, embora ainda em estágio inicial, demonstra interesse crescente na exploração lunar.
O Tratado do Espaço Exterior, assinado em 1967, proíbe a apropriação nacional da Lua, mas não aborda a mineração comercial de forma clara. Isso abre espaço para legislações divergentes, como a Lei de Competitividade Comercial do Espaço dos Estados Unidos, que permite a propriedade de recursos extraídos.
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