Economia

Governo da Venezuela detém 20 pessoas por divulgar preço do dólar paralelo

Venezuela intensifica repressão ao dólar paralelo; 20 detidos e fiscalização rigorosa em meio à crise econômica e inflação crescente.

Nicolás Maduro dá um discurso em Caracas, Venezuela, em fevereiro de 2025. (Foto: Maxwell Briceno)

Nicolás Maduro dá um discurso em Caracas, Venezuela, em fevereiro de 2025. (Foto: Maxwell Briceno)

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Venezuela intensifica repressão ao dólar paralelo

Na última semana, vinte pessoas foram detidas na Venezuela por supostas ligações com sites que fixam o preço do dólar fora do mercado oficial. O governo de Nicolás Maduro intensificou a fiscalização sobre comerciantes, acusando os detidos de desestabilização econômica.

A operação, liderada por Diosdado Cabello, ministro do Interior e Justiça, visa combater a disparidade entre o dólar oficial e o paralelo, que atualmente chega a 38%. Cabello afirmou que a ação é parte de um trabalho silencioso para desmantelar estruturas que informam sobre o valor do dólar. As detenções incluem administradores do site Monitor Dólar, que publica preços do mercado paralelo.

O governo considera a divulgação do dólar paralelo um "ato deliberado de desestabilização econômica e social". As autoridades incentivam a população a denunciar comerciantes que cobram preços acima da taxa oficial. A repressão levou algumas plataformas de câmbio a suspender suas operações, aumentando a incerteza entre os venezuelanos que dependem do dólar para proteger seu dinheiro da depreciação do bolívar.

Historicamente, o chavismo já tentou controlar o dólar paralelo, mas sem sucesso. Desde a chegada de Maduro ao poder, em mais de dez anos, o bolívar passou por duas reconversões e o país enfrentou quase quatro anos de hiperinfl ação. A atual crise cambial é agravada pela escassez de divisas e pela redução de receitas devido a sanções dos Estados Unidos.

Analistas alertam que a repressão pode levar a um aumento no uso de criptomoedas como alternativa. O governo, por sua vez, tem aumentado a liquidez monetária para financiar o gasto público, o que pode resultar em uma nova aceleração da inflação e desabastecimento.

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