04 de jun 2025
Roubini projeta crescimento do PIB dos EUA a até 6% com novas tecnologias
Roubini projeta PIB dos EUA a 4% em dez anos e alerta Brasil sobre reformas para aproveitar investimentos em tecnologia.
A avaliação de Roubini considera errônea a ideia de que a economia da China vai ultrapassar a americana em breve. (Foto: Nunno Fonseca)
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O economista Nouriel Roubini, professor da Universidade de Nova York, afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) potencial dos Estados Unidos pode aumentar para 4% nos próximos dez anos, superando a previsão anterior de 1,8%. A declaração foi feita durante a cerimônia dos Prêmios Broadcast, realizada na noite de terça-feira, 3. Roubini destacou que países que adotarem novas tecnologias terão crescimento mais acelerado.
O economista também avaliou a situação do Brasil, afirmando que o país precisa implementar reformas para elevar seu crescimento potencial. Ele mencionou a importância de reduzir a corrupção e a burocracia como passos essenciais para atrair investimentos em tecnologia. Roubini acredita que, com as inovações tecnológicas, o PIB dos EUA pode até alcançar 6% na próxima década.
Oportunidades para o Brasil
Roubini observou que o Brasil pode se beneficiar do aumento dos investimentos globais em tecnologia. Ele citou que data centers podem ser estabelecidos no Brasil a custos mais baixos do que nos Estados Unidos, devido ao potencial de produção de energia barata no país. No entanto, ele também apontou que a consolidação fiscal é um desafio, com um déficit elevado que dificulta a meta de saldo zero do governo.
O economista alertou que a situação econômica do Brasil apresenta tanto prós quanto contras. Entre os aspectos positivos, ele destacou o crescimento econômico, a baixa taxa de desemprego e o dinamismo nas exportações de commodities. Por outro lado, a necessidade de reformas fiscais é urgente para evitar problemas futuros.
Desafios e a Ordem Global
Roubini mencionou uma mudança iminente na ordem global, com uma tendência de desglobalização ou globalização lenta. Ele observou que o multilateralismo está dando lugar ao unilateralismo, não apenas nos Estados Unidos, mas também em países como Índia, China e Brasil. O economista concluiu que, apesar das dificuldades, a hegemonia do dólar e a posição dos Estados Unidos como líder em tecnologia devem se manter no longo prazo.
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