07 de jun 2025
Eid al-Adha é afetado por crise econômica e escassez de animais em várias regiões
Eid al Adha é marcado por escassez de ovelhas no Norte da África, com Marrocos cancelando o sacrifício e Argélia importando um milhão de animais.
Pessoas compram ovelhas em um mercado de gado em Aïn Oussera, Argélia, na quinta-feira, 5 de junho de 2025, enquanto muçulmanos em todo o mundo celebram o Eid al-Adha sacrificando animais para comemorar a fé do profeta Ibrahim em estar disposto a sacrificar seu filho. (Foto: AP Photo/Fateh Guidoum)
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A escassez de ovelhas em países do Norte da África, como Marrocos e Argélia, impacta a celebração do Eid al-Adha. Este ano, Marrocos cancelou o sacrifício de ovelhas devido a dificuldades econômicas e climáticas, enquanto a Argélia planeja importar um milhão de ovelhas para atender à demanda.
A crise climática e a inflação têm gerado uma escassez significativa de ovelhas na região. Em Marrocos, o rei Mohammed VI pediu que os muçulmanos se abstivessem do sacrifício, citando a necessidade de proteger a população de baixa renda. Em resposta, mercados de gado foram fechados, dificultando a compra de ovelhas.
Na Argélia, a situação é diferente. O governo anunciou a importação de um milhão de ovelhas para suprir a demanda. Especialistas afirmam que essa estratégia pode custar entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,3 bilhão, mas pode não ser suficiente para atender a todas as necessidades do país.
Os preços das ovelhas dispararam. Em Marrocos, o valor de um animal pode ultrapassar R$ 1.200, um aumento significativo em um país onde a renda média mensal é inferior a R$ 270. Criadores de ovelhas relatam que os custos de alimentação e cuidados veterinários aumentaram, o que contribui para a alta dos preços.
A falta de pastagens e a degradação das terras devido à seca prolongada também são fatores críticos. Economistas alertam que a combinação de seca e inflação, exacerbada pela guerra na Ucrânia, tem levado muitos criadores a abandonar a atividade.
A tradição do Eid al-Adha, que envolve o sacrifício de ovelhas em honra ao profeta Ibrahim, enfrenta desafios sem precedentes. A suspensão do sacrifício em Marrocos é uma medida rara, refletindo a gravidade da situação econômica e climática na região.
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