05 de jun 2025
S&P mantém nota de crédito do Brasil em BB e perspectiva estável para o país
S&P mantém nota "BB" do Brasil e perspectiva estável, destacando fragilidade fiscal e forte posição externa. Desafios fiscais persistem.
Foto: Reprodução
Ouvir a notícia:
S&P mantém nota de crédito do Brasil em BB e perspectiva estável para o país
Ouvir a notícia
S&P mantém nota de crédito do Brasil em BB e perspectiva estável para o país - S&P mantém nota de crédito do Brasil em BB e perspectiva estável para o país
A S&P Global Ratings reafirmou a nota soberana de crédito do Brasil em "BB" e manteve a perspectiva estável. A decisão, anunciada nesta quinta-feira (5), mantém o país dois níveis abaixo do grau de investimento. A agência destacou a fragilidade fiscal persistente e a expectativa de déficits elevados como principais fatores para a nota.
A confirmação da S&P ocorre logo após a Moody's ter alterado sua perspectiva de positiva para estável. Fernando Siqueira, head de research da Eleven Financial, comentou que a decisão não deve impactar o mercado, uma vez que a nota já reflete um status de grau especulativo. Ele acredita que o governo já esperava essa manutenção devido ao aumento da dívida e déficits.
A S&P observou que, apesar da fragilidade fiscal, a posição externa do Brasil se mantém forte, impulsionada pelas exportações de commodities. A agência prevê que os déficits do governo continuarão elevados, devido à rigidez orçamentária e à alta carga de juros, com a Selic em 14,75% ao ano.
Expectativas Futuras
A S&P também indicou que a estrutura fiscal do Brasil pode levar a iniciativas para enfrentar as fraquezas fiscais, mas isso deve ocorrer apenas após as eleições presidenciais de 2026. A agência alertou que um eventual rebaixamento da nota pode ocorrer se as políticas não forem eficazes em conter a pressão dos gastos.
Por outro lado, um possível upgrade na nota poderia ser considerado se o país conseguir aumentar o superávit primário e reduzir a rigidez orçamentária. A S&P acredita que políticas de consolidação fiscal poderiam resultar em um ambiente de juros mais baixos, favorecendo o crescimento econômico.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.