Economia

Indústria automotiva global enfrenta crise devido a restrições chinesas de terras raras

Restrições da China às exportações de terras raras afetam produção automotiva global, com escassez iminente e interrupções nas montadoras.

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A indústria automotiva global enfrenta sérias dificuldades devido às restrições da China às exportações de terras raras, materiais essenciais para a produção de veículos. Desde abril, Pequim exige licenças de exportação, resultando na aprovação de apenas 25% dos pedidos. Essa situação gera interrupções significativas na produção de montadoras na Europa, Japão e Estados Unidos.

A China controla mais de 60% da extração e 92% da produção refinada de terras raras no mundo, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). As restrições se intensificaram em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos, levando Washington a denunciar o não cumprimento do Acordo de Genebra. A Associação Europeia de Fabricantes de Equipamentos Automotivos (CLEPA) destacou que os procedimentos de licenciamento são opacos e incoerentes, causando incertezas para as empresas.

Impacto nas Montadoras

As montadoras estão sentindo os efeitos das restrições. A Mercedes-Benz relatou estar em contato próximo com fornecedores devido à volatilidade da situação. No Japão, a Suzuki interrompeu a produção de alguns modelos por falta de componentes. Nos Estados Unidos, a Ford paralisou a fábrica de Chicago, que produz o SUV Explorer, por uma semana.

A CLEPA alertou que a escassez de terras raras pode levar ao fechamento de linhas de produção e fábricas na Europa. A situação é crítica, com a associação prevendo novas consequências nas próximas semanas, à medida que os estoques se esgotam. A presidente da federação da indústria automobilística alemã, Hildegard Müller, confirmou que a lentidão nos trâmites alfandegários na China é um problema crescente.

Propostas de Abertura

Em um gesto de abertura, a China propôs um "canal verde" para facilitar a exportação de terras raras para a União Europeia. O Ministério do Comércio afirmou que está disposto a acelerar a tramitação dos pedidos que estejam em conformidade. No entanto, a dependência da Europa em relação à China é alarmante, com 98% dos ímãs de terras raras importados do país.

A situação também afeta a indústria eletrônica, que é uma grande consumidora desses materiais. O presidente da federação alemã do setor, Wolfgang Weber, expressou preocupação com a escassez, afirmando que muitas empresas têm recursos apenas para algumas semanas. A complexidade das exportações de terras raras continua a ser um desafio, mesmo com tentativas de diálogo entre os líderes dos Estados Unidos e da China.

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