Mudanças climáticas podem encarecer a banana nanica e afetar economias da América Latina

Mudanças climáticas podem encarecer a banana nanica na América Latina a partir de 2061. Um estudo da Universidade de Exeter alerta que a produção da fruta, vital para economias locais, será severamente afetada, especialmente na Colômbia e na Venezuela.

A banana nanica movimenta US$ 11 bilhões anualmente e é crucial para muitos países tropicais. Com o aumento das temperaturas acima de 30ºC, as plantações enfrentarão condições adversas, resultando em menor oferta e, consequentemente, aumento nos preços. A produção anual da variedade é de aproximadamente 50 milhões de toneladas, das quais 20 milhões são destinadas à exportação, principalmente para a Europa e Estados Unidos.

Impactos Econômicos

A Colômbia e a Venezuela devem sofrer perdas significativas. O estudo prevê que a Colômbia poderá ver uma redução de 5% no PIB devido à diminuição das plantações, afetando cerca de 300 mil empregos diretos e indiretos. Em contraste, o Brasil e o Equador podem ter um aumento nas áreas adequadas para cultivo, com o Brasil se destacando pela infraestrutura de irrigação que pode mitigar os efeitos da seca.

Medidas Propostas

Os pesquisadores sugerem ações para minimizar os danos. Entre elas, o melhoramento genético para desenvolver variedades de banana mais resistentes ao calor e a ampliação do uso de tecnologias de irrigação. Essas medidas podem ajudar a manter a produtividade e a estabilidade dos preços, evitando que a famosa expressão "a preço de banana" perca seu significado.

A situação exige atenção, pois as mudanças climáticas não são apenas uma ameaça à produção agrícola, mas também à segurança alimentar e à economia de muitos países da região.